sábado, 2 de maio de 2009
Confissões.
Capítulo 9: A Idéia.
O concerto estava muito melhor. Se notava certa melhoria, não como antes, mas pelo menos já não era estranho quando ficavamos perto. Na verdade sim, tive que me conter várias vezes para não correr e abraçá-lo ou me agarrar em seu peito. Na hora do beijo esperei que ele marcasse o ritmo. Estava tão nervosa, não podia nem me mexer. Foi lindo, muito lindo, pegou na minha mão, chegou perto e me beijou, agora sim o senti, não pude evitar e o abraçei forte, sentia sua mão nas minhas costas e por pouco não me deixo levar pelo momento. Mas lembrei do meu orgulho e meio que o empurrei, não me soltava. Ok, estou exagerando, não precisamente que não me soltava, mas bem, eu precisava o distanciar, já estava sentido vontade de chorar (outra vez). E justo aí me veio uma idéia na cabeça: dizem que pode ser que algo entre nós já tivesse terminado, mas significa que tudo tem que terminar aí? Agora já sabia que para ele também custava estar longe de mim. E se usasse isso a meu favor para recuperá-lo? Meu plano não estava tão bem pensado. Creio que essa idéia me veio a cabeça pela melhoria que tivemos, mas na realidade antes de começar a fazer qualquer coisa para recuperá-lo tinha que averiguar primeiro a razão pela qual o perdi. Eu sinto que não foi só por não aceitar que estava saindo com ele. Isso é só uma parte, mas não a razão principal. Tive dias livres para pensar um pouco mas pra lá de mim e de meus sentimentos, agora me toca colocar, ou tentar ao menos compreender a posição dele. Porque se bem as coisas haviam ficado um pouco mais relaxadas, bem não tocavamos o tema direito. Oficialmente não era como que me devesse uma explicação, jamais me enganou, simplismente não o compartiu comigo enquanto o foi vivendo. Por isso digo que jamais acreditei que fosse levar Priscila tão a sério, porque na realidade nunca ficou evidente sua vontade de formalizar com ela, ao menos não as fez evidente comigo.