quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Confissões.

Capítulo 20: Minha Reflexão. Não o entendo, na boa, e agora mais que nunca estou confusa, não sei o que está passando por sua cabeça, e não vou pressioná-lo para que me diga. A culpa não é dele (e muito menos minha), este tem sido um caminho comprido para os dois, tem sido muitas barreiras as que temos tido, e acredito no que sinto por ele, e na magia que temos juntos, em certos momentos cada um se tem ajustado ao que o outro necessita, a gente se cuida, a gente se ama, a gente briga de maneiras horríves e nos reconciliamos das mais lindas formas, só que não posso mais fechar os olhos pra realidade. E tenho MEDO, me assusta a idéia de pensar no dia em que acabe o grupo, no dia em que os compromissos já não nos obriguem a estar juntos, que vai acontecer? Nem sequer sei se vamos continuar sendo amigos se agorinha não estamos compartilhando tempo livre, o único sonho que nos fica juntos é o grupo...e meu coração fica pequeniniinho só de imaginar não o ter do meu lado pro resto da minha vida. O que tenho feito no passado fica comprovado que de muito pouco tenho aproveitado porque obviamente não estou com ele, então tenho que seguir em frente, ainda creio em um "nós", tentarei estar contente, a vida tem me consentido muitíssimo, está me dando coisas que me fazem estar tranqüila, estou descobrindo emoções novas. E não quero magoar ninguém, quero que as pessoas que me rodeiem estejem felizes por mim. Agorinha não posso evitar me sentir triste, estou na praia e este lugar é mágico pra mim, sempre me sensibiliza ao máximo, sinto e penso em tudo, nele com mais força, mas não sou nenhuma vítima, não tenho direito de me queixar, tenho que ver as coisas positivas, por na balança, em meus arranques (que é quando escrevo) sempre tenho o meu coração e a minha mente a 1000 por hora, o traduzo tal qual o sinto e tenho que amadurecer, preciso entender que por algum motivo estou vivendo isso, tenho que aprender com meus erros. AMO O RAFAEL (com maiúsculas, em negrito e em vermeelho mesmo) e sinto seus beijos e suas mãos e tendo mil recordações a cada uma dessas letras, isso não vai mudar,...nunca..., mas dentro de mim tenho vontade de ao menos desta vez, só por esta vez, não planejar o tempo, só criar novos sonhos! Fim.

Confissões.

Capítulo 19: O Outro. Quero chorar, quero me tirar esse vazio de dentro, quero sacudí-lo e lhe gritar que me queira, que não me ignore, que lute e brigue por mim. Já me dei por vencida, já não sei mais o que fazer. Diego não é assim meu namorado namoraaado, mas já não é só um amigo. De pouquinho em pouquinho foi ganhando um pedacinho do meu coração...Mas não é o Rafael. Diego faz eu me sentir querida, me entende, me fala e me olha nos olhos, ve além deles. Prefere as minhas necessidades, compartilhamos gostos e amigos...Mas não é o Rafael. Diego ganhou o direito de conhecer um pouquinho de meus sonhos e meus medos, me protege e me ama, me ama muito...Mas não é o Rafael. E tenho o direito de tentar, tenho todo o direito de dar uma oportunidade à alguém que me tem apaixonado, é um cara bom, batalhador, bonito. Mas não é a mesma luz, não tem os olhos mel com raios de azul, minha cabeça não se encaixa ao seu pescoço, com ele não sinto aquelas mariposas no estômago, não cheira igual e seus beijos não me causam o mesmo efeito. Não sei qual foi o momento exato que tomei a decisão, não posso falar de alguma briga porque não tem, não houve nenhum desgosto, simplesmente deixou de me olhar. Creio que agorinha seu coração e sua mente estão em outro lado e não precisamente em outra saia, tem projetos, tem metas e sonhos e simplismente senti que eu deixei de estar neles. Me adoora, isso eu sei e sinto cada vez que estamos perto, disso estou segura, mas preciso dele SEMPRE e não em momentos, não lhe peço ser prioridade em sua vida, só ser fundamental. Quando Diego fez mais óbvia sua presença em cada uma das viagens, bem lá no fundo acreditei que isso o faria reagir um pouco, sentir um pouco de ciúmes, que me diria algo...mas nada, o único que fez foi ficar mais perto da Lú, se refugiou nela para não estar perto de mim (ele sabe o quanto isso me dói). Foi tão óbvio, foi tão evidente para todos, as brincadeiras com o Fábio continuaram iguais, mas e ele? Rafael me ignorava! Não eram grosserias, simplismente tinha momentos que era como se eu não estivesse presente. E deixei de me fazer presente como outras vezes onde sempre ia reclamar-lhe que não me fizera caso, agora já não, ele sabia perfeitamente o que estava rolando entre Diego e eu e não fez nada para impedir...até hoje não sei o que pensa, nem sequer sei se o encomoda ou não, ele tem uma maneira muito diferente de mim na hora de tomar decisões, sua lógica é diferente, talvez pense que é o melhor pra mim, não sei, não sei de nada e me isso me desespera muito, não acredito que ele vai me deixar ir. Mas me sinto mais forte, as altas e baixas que temos tido deve ter me amadurecido, claro que me dói o que esta acontecendo, claro que chorei e muito sobre tudo, começando pelos shows, foi quando mais senti a diferença...estou quase segura que ele esta me dando meu espaço, o noto em suas olhadas e seus sorrisos, o noto quando canta pra mim e me empõe sua presença, ele sabe a influência que tem em mim e por isso o faz, é como fazer-se notar, como dizendo "você pode olhar mas não pode tocar" ou "proibído, porém sempre vou ser seu"... E aí?

Confissões.

Capítulo 18: O Melhor Jantar. e (quase) sem me dar conta já tinha pedido que me levassem no condomínio dele. "Mel, tá perdida? rs. O que faz aqui? Entra..." "Oii, tudo bem?" Toda a vida, a minha vida, me sinto segura em frente de uma câmera, de um microfone, de estar em frente ao público e me sentir dona do palco, o nervoso se transforma em adrenalina. Mas estar em seu apartamento tem um efeito inverso, que ironia, não? "Eu estava preparando algo pra jantar, quer?" "É...Pensei que não ia estar em casa, por isso nem pensei em ligar antes de vir..." "Ah, não tem problema, já que na confraternização nem tivemos tempo de conversar, e eu queria estar na minha casa, senti falta dela, senti falta de muitas coisas..." Owwwn caraay! O que custa ser assim tão fofo?? O que custa fazer essa carinha linda?? E assim começamos a conversar muito, ele tinha ataques de riso contando-me das gravações e de fofocas internas e claro, eu não entendia porque eu não estava lá, mas já valia ver os seus olhos e os três tipos diferentes de sorriso que ele faz enquanto me conta algo (o de extrema alegria, o de safadiinho, e o que ele faz só pra me agradar). Foi a melhor janta que tive, não me importava que não me dissesse nada de nós dois, ou de mim, não precisava falar, podia se sentir na comodidade em que estavamos, no ritmo, em como me olhava, ou acariciava minha mão, em seu tom de voz e seu humor, e eu quase ficando louquinha, mas é algo que também se desfruta e faz a espera ser mais gostosa. "Foi bom que ficasse pra jantar..." "Hmmm, sua pizza estava ótima, Rafa, hahahá...Que bom que já voltou e que acabaram seus compromissos, você não estava dando a míinima atenção pra gente!" "Aaaah, cala a boca sua bobiinha, não fala isso! Senti muita falta dessa tapadinha que você é..." Aí ele começou a se aproximar. "...desses fios loirinhos..." Fez carinho na minha cabeça. "...desses olhos..." Olhou beeem fundo como se quisesse enxergar minha alma. "dessa boquiinha..." Segurou meu rosto, chegou muito perto e deu um beijinho no cantinho da minha boca. "...e também senti falta..." "Nonono, cheeega Rafael...senão não saio daqui!" Ele riu...me despedi com um beijo na testa e fui, fui feliz, muuuuito feliz, quase sem ar, com palpitação a ponto de ter um infarto mas contente, e sigo estando feliz. Por que fui embora? Não sei, em questões de Rafael sempre o coração ganha a razão, mas minha mente e meu corpo desta vez estiveram de acordo, e saímos voando dali. Não sei se estou me protegendo para não sofrer, não sei se é o medo de nos fazer mal o que nos mantem nessa situação tão estranha, mas cada vez me convenço mais de que o medo de não ter essa vida ao seu lado é o que deveria nos motivar a ficar juntos... Serei injusta dizendo que não sou completamente feliz? Serei mal-agradecida com meu Deus por desejar ter mais uma benção? Que mau faço?

Confissões.

Capítulo 17: A Volta. Já me disseram que meu número da sorte é o 6, e me agrada, significa muitas coisas: é um numero par, é a perfeição das partes, é o símbolo do amor, a estrela de David... Por isso acredito que para mim isto de ser a quinta de 6 não estava funcionando muito bem, faltava meu par. Não era o mesmo em nenhum sentido, nem em voz, nem em presença, nem em espírito. Uma representação resiste mas é horrível. Agora, viver isso por semanas? É insuportavél!! Tenho que reconhecer que desfrutei bastante das minhas férias, me ajudaram a me distrair de tudo, só as vezes quando sentia uma pressão no peito e era o sinal de que estava sentindo falta dele, ainda mais estando na praia, morria de vontade de estar com ele, sair para uma boate e dançar as músicas que gostamos, e ser o Rafael que estivesse na minha frente e não outro. Mas nada disso aconteceu, o máximo que aconteceu foram ligações no celular, como o ouvia todo contente falando de suas gravações me tranqüilizava, mas quando desligava só ficava uma sensação mais forte de querer tê-lo comigo. Muitas vezes o convidei a passar o fim de ano lá, mas a agenda dele estava complicada, pelo menos era isso o que ele me dizia. Mas as férias passaram e era hora de voltar as atividades, já tinha vontade de ver os garotos, mesmo que continuasse faltando ele. Você se sente tão estranho quando um não está, todos são insubstituíveis, ninguém poderia ocupar o lugar de nenhum deles nunca. Me dói que tenham acreditado que eu poderia me atrever a fazer isso. Meu coração nesse momento se partiu em 1000 pedaçinhos, me senti como em uma das brigas que tive com ele por causa de meus amigos, nunca havia acontecido algo parecido com os fans, mas ao mesmo tempo o entendo e o aceito, quando se trata do Rafa eu me transformo, é intocavél, o defenderia com unhas e dentes. Mas juro que a minha intenção nunca foi machucá-los, à ninguém, todos são minha vida, meu mundo, não posso escolher, jamais poderia...são amores diferentes. Me senti estranha quando ele voltou e o grupo se completou. Não sei se eram os nervos ou idéias minhas, mas as mariposas de sempre se fizeram presentes. Master idiota, não sabia se corria pra cima dele ou se chorava de emoção, mas nem um nem outro, só demos um dos abraços maais liindos da nossa história! E como somos nós que sempre estamos fora do normal, como somos e não somos, acredito que ele também se sentia estranho. Sei e senti que ficava muito feliz de me ver, mas estava meio distante, não parecia que estava morrendo de amor e é claro que me enchi de idéias, e se tivesse conhecido outra que o deslumbrava? Ou se em tempos se deu conta de nós e da vida? E assim fiquei durante e depois da confraternização, em meu mundo, pensando as 1000 coisas que podiam ter passado nessas larguíssimas semanas de separação...