terça-feira, 28 de abril de 2009
Confissões.
Capítulo 8: A Reconciliação.
E esse momento tinha que chegar.
"Mel, posso falar com você? Não quero brigar."
"Também não quero mais brigar!"
Eu estava me arrumando para o próximo show. Depois da discussão da noite anterior não tinhamos conversado.
"E nem sequer vai olhar pra mim?"
Maldito seja, justo o que não queria fazer era olhar pra ele enquanto falava comigo, mas mesmo assim já podia notar sua carinha triste, era óbvio o sentimento em sua voz, além de seu perfume (meu preferido), tudo isso não estava ajudando muito a continuar a compostura.
"Eu também senti saudades de você no show, Melissa."
YEEEEEEES! Que lindo, que incrível enfim saber que ele também está sentindo o mesmo. Foi como se de repente tirassem um peso de cima de mim. Um pouco de alivio. Já era justo e necessário que ele demonstrasse algo, não? Com isso tive que virar e olhar pra ele, era inevitavél. Meu amor! Está muito lindo.
"O que vamos fazer, Rafa?"
"Tentar nos encontrar outra vez? Não sei, pouco a pouco..."
"Cara, não é facil, me dá um tempo, mas não quero que faça nada à força. Comigo você não tem o direito de fingir."
"Não fala assim, Mel, eu não finjo. Se sorrio e se canto para você, se te toco e te acaricio é por que me dá vontade e ponto!"
"Sim, e enquanto isso o que eu faço? Precisamos de certa distância. Você tem namorada, pretinho, não é mais como antes!"
"Não brinca!? Eu sei que estou com a Priscila, mas isso não significa que eu e você tenhamos que estar a dois metros de distância. Vamos tentar?"
Bom, pelo menos já haviamos chegado à algo, já era um avanço. Mas era óbvio que ele também tinha muitas coisas em que pensar. Estava confuso, ancioso. Nem ele sabia o que éramos agora. Antes de ir pegou minha mão e me puxou para me dar um abraço. Deus, como eu sentia falta dele, daquele abraço-mais-reconfortante-do-universo, me afundei praticamente em todo seu pescoço enquanto ele me mantinha toda apertada a ele. Não me restou dúvida de que ele também sentia minha falta, não sei como, creio que nem ele ainda descobriu, mas os dois necessitavam isso.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Confissões.
Capítulo 7: O Pior Show.
Mais que nunca estive pensando nos beijos, se tivesse que escolher algo que nos une, algo simbólico para nós dois, seria isso. Esse contato com ele não o troco por nada, desde o primeiro momento foi como magia, somos simétricos, de verdade, é como se minha boca tivesse sido desenhado justo para a boca dele. Detalhes, tudo está nos detalhes. Adoro a maneira que ele me pega pela cintura para ficar mais perto dele, aí quando passo meu braço pelo seu pescoço para sentí-lo meu. A minha estatura fica perfeita na altura daonde posso me aconchegar em seu pescoço e sentir seu perfume, ou as palavras lindas que me diz ao ouvido antes de tocar minha boca. Mas para o que aconteceu nesta noite, mais seria válido morrer de vergonha.
"O que houve, como você foi capaz de fazer isso comigo?"
Foi o pior beijo dado na história dos shows. Tentei me fazer de burra e sair do palco mas ele me deteve, nenhum de nós dois sabia como chegar perto do outro. Aqui não teve palavras bonitas, nem carícias, quase, quase nem tocamos os lábios. Foi frio, rápido e sem magia.
"Eu? Do que está falando? Por pouco me deixa parado como retardado sozinho no palco. Sim, já sabia que tinhamos que nos beijar, por quê você ia embora?"
"É esse o ponto: TER que nos beijar, não é a força garoto, não tá me fazendo nenhum favor... Acredita que as pessoas não se deram conta que fez de má vontade? Pro beijo que demos melhor que tivesse me deixado sair antes do palco, te poupava o sacrificio!!"
E não é só isso, eu morreria para gritar a extrema falta que me fez suas olhadas, suas brincadeiras no palco. Queria acariciar seu rosto nas músicas lentas, mas não me atrevia, e não tinha porquê, eu não queria que fingisse. Teria me encantado me fazer de muito homem e voltar todas e também fazer isso no palco, disfrutar meu momento com o público. Mas não podia, eu fiquei com cara de retardada vendo ele todo o tempo, só faltava eu suspirar de canção em canção. Mas óbvio que não podia ver. E sei também que é óbvio para os fans tudo isso. A eles não podemos enganar, nos conhecem, nos querem e, de verdade, tento fazer um esforço por eles, mas me dói, me dói tanto que ele se afaste de mim, e pior, na frente deles. Sei que estou me comportanto como a vítima, mas assim me sinto, muito no fundo sei que ele tem razões que tenho que chegar a entender, mas agora a única prespectiva que tenho é a minha e ela está me consumindo. Estou lutando para aceitar a situação, para achar uma nova maneira de convivência, mas tudo aconteceu tão rápido. Não posso continuar pensando só em mim, tenho que pensar também no público.
Quero aceitar que ele já não é mais meu e tenho que me desacostumar dele. Mas como se faz isso? Conhecer os hábitos ou as pequenas coisas que ele gosta e ninguém mais sabe me dá um sentimento de orgulho, de possessão. Como por exemplo, que ele gosta de dormir de bruços com os braços pra cima como se estivesse abraçando o travesseiro, ou que se começa a cantar algum funk significa que está de bom humor, que ele odeia lavar lavar a louça, odeia que se enxuguem com a toalha dele (a única que ele deixa sou eu *-*) e odeia cortar o cabelo, que ele tem trauma daqueles bichinhos de luz, que ele ama dormir tarde e que seus pontos fracos são o pescoço e as costas, e que ele não suporta que o façam cosquinhas. Já o vi chorar tanto como já o vi sorrir. Conheço cada um de seus medos assim como conheço cada um de seus sonhos. Ele é esperto suficiente para me deixar culpada em uma briga, mas é sensível o bastante pra vir se reconciliar. Ele é o ÚNICO que me deixa com ódio mortal dele, mas também é o ÚNICO que pode me fazer tocar o céu. Ele tira o pior e o melhor de mim, e apesar de agora estar com outra (por razões que ainda não cheguei a analizar e muito menos a compreender), sei que significo algo importante para ele, e isso não me deixa dúvidas, também sei que o dói que eu esteja sofrendo. Ele me transmite proteção, e as vezes parece frio, indiferente, mas por dentro é um ser muito sensível, tem um coração enorme. Não consegue esconder seus sentimentos, nunca aguenta muito tempo sem me fazer saber algo que o deixa bravo em mim, se o cheguei a ferir ou se o fiz o homem mas feliz.
Confissões.
Capítulo 6: Um Dia Bom, Um Dia Péssimo.
Não sei se é normal, mais tem um ponto em que você já não entende a razão, só te valem as consequencias, o que você quer é acabar com isso que está te atormentando e pronto, passar pra outras coisas, ao menos assim posso explicar o que aconteceu naquela noite. Foi uma noite como essas de show em outra cidade, esses shows onde as duas horas nós passamos incrivelmente bem no palco, tudo eram sorrisos, olhadas intensas, acercamentos provocativos...E como é de se esperar terminamos com uma adrenalina impressionante e digamos que bastante alforado.
"Não Mel, espera..."
"Ai down, hahahaá, eu quase fecho a porta na sua mão, o que você quer? Eu tenho que me trocar, mas entra."
Nem tempo deu de saber o que estava acontecendo, em dois segundos ele chegou perto de mim, segurou meu rosto e me beijou. Não foi como eu imaginei que seria, não foi um beijo terno. Foi melhor, foi perfeito, o que nós dois precisavamos. Apaixonado, desesperado, diferente...Diferente das 1000x que antes tinhamos nos beijado. Isso era só para ele e para mim, não havia telespectadores nem público presente como testemunha. Nos separamos só o tempo suficiente para tomar ar, nenhum de nós dois queriam fazer pausas grandes que pudessem apresentar arrependimentos ou sentimentos de culpa. Me assustei com o que estava sentindo por ele, as coisas passam por algo e acontecem justo quando tudo estava vindo à tona. De repente me vieram 1000 perguntas na cabeça. E a Priscila? E o grupo? Não poderia ser só questões de hormônios? Mais uma vez ninguém me avisou o que o coração iria sentir. Assim me assutei, e sei que ele também, os dois preferiram deter o que estava acontecendo nesse lugar, mas em vez de nos sentirmos incômodos foi tudo ao contrário, foi como se nossa relação tivesse passado para outro nível, agora sim já éramos algo mais que amigos. Já não tinha nada atrás.
E as coisas seguiram seu rumo, havia um entendimento entre nós dois, era algo secreto (mais um). Me sentia sua cúmplice e isso me encantava. Apenas recordações. Tinha tanto que não pensar nessas coisas, mas continuo mal, continuo triste e agora mais que nunca quero continuar minha história com ele :S
Mas aí nos colocaram distantes. Concordo que era necessário e obrigatório que as águas se acalmassem, eu estava na completa depressão, nem o consolo dos meus amigos me ajudava, precisava ficar sozinha e sobretudo queria ele bem perto de mim, o meu Playboyzinho de sempre :/ O mandaram à um lugar por uns dias e eu fui com o resto dos garotos para outro. Ajudou? Claro que não. Por mais que me fizesse de desinteressada, tentava escutar as conversas do Fábio com ele pelo telefone, ou ficava sondando para ver se Luíza estava lendo algum de seus e-mails. Precisava saber dele, foram só alguns dias e eu sentia que tinha sido uma eternidade. Morria para voltar ao Rio e vê-lo. De qualquer maneira estava sofrendo, sendo assim qual a razão de ter ele tão longe, melhor sofrer perto, não? Sim, a esse grau havia chegado minha situação. Totalmente mazoquismo. O típico 'me pega mais não me deixa ', que vergonha!
No final já o tinha em minha frente, comendo no MC comigo e com todos os outros garotos e agora não queria vê-lo, não sabia como me comportar, queria saber o que pensava de mim, o que sentia por mim. Teria notado pelo menos minha presença? Se por acaso não a notou, Pedro o fez notar porque nesse momento ele armou uma grande discussão. Nosso querido chefe-pai-guiador nos explicou o que estava acontecendo com os fans durante os dias que nos deram de descanso. Como era de se esperar e tal o que adverti, se armou uma revolução por tirar os beijos dos shows. E me dá vergonha, mas tenho que confessar que uma parte de mim se sentia tão orgulhosa de suas traumadas com sua reação e que sentiam o que estava acontecendo comigo e com ele! *-*
Daí Pedro nos sugere que voltemos com os beijos no show, afinal de contas era o público que queria. Lú e Fábio não tiveram problema, eles se ajustavam ao que nós dois decidissemos. Agora ficava o peso entre ele e eu. Eu não podia nem olhar nos seus olhos, não podia obrigá-lo a fazer algo que ele não queria fazer, então a decisão ia estar com ele, eu fiquei calada.
"Não brinquem! Na real, é incrível o que está acontecendo. Mas tudo bem, não vou mais provocar problemas com meu atrevimento de querer fazer uma vida normal. Se Pedro acredita que é o melhor, beleza!!"
Não gritou, disse o que tinha que dizer deu a volta e se foi, mas seu sarcasmo, sua braveza interna me fizeram sentir como se tivessem me golpeado de repente. Agora era um sacrificio me beijar?
Confissões.
Capítulo 5: Quando Tudo Começou.
Sempre fui uma sonhadora, às vezes (ou a maioria dos meus sonhos) são loucuras, mas no fim, são muitas as minhas loucuras e sim, tem algo que pode fazer meus sonhos mais perfeitos: é imaginar todos estando numa praia. Não tem lugar mais mágico que esse, amo estar lá, relaxo, me conecto comigo mesma, penso, imagino, sonho... Bom ao menos tudo isso pensava em fazer. Mas não, tenho dias com a minha família em um lugar que eu mais gosto e não posso disfrutar e isso é o que mais me chateia, que a única razão para que não possa aproveitar se chama 'Rafael ', e o odeio mais por isso, por me tirar este prazer. Que injusto, pensei que me afastando estes dias iria me tranquilizar, que eu ia ver as coisas de outra perspectiva, não sei, talvez deixar de vê-lo como homem e só me concentrar em vê-lo como amigo. MAS QUEM EU ENGANO? Isso é impossivel! Não posso separá-lo em partes, o que eu amo é tudo isso: o homem, o amigo, o conjunto. De forma igual tambem não posso dividir o que sinto, sinceramente posso dizer que quero vê-lo feliz, mas não posso deixar de sentir o 'querer vê-lo feliz ' comigo. Muito menos não posso acreditar que o perdi, que estúpida eu fui, o que me fazia estar tranquila foi o fato de que quase não temos tempo livre. Em que hora ia conseguir uma namorada se quase não temos vida fora do grupo? É, ele me mostrou que, já que 'quase não temos vida fora do grupo ', ele arranja alguém por aqui mesmo! --'
Eu conheci o Rafael quando ainda estávamos no colégio, confesso que no início o odiava com todas as minhas forças, o achava pretencioso, marrento, e sentia nojo e indignação em saber que a maioria das garotas de lá morriam por ele (como alguém era capaz de morrer por um tipo daquele???). Mas não nego que desde o primeiro momento tivemos uma conexão. Pouco tempo depois, quando eu e o Fábio fundamos o grupo, ele se inscreveu pros testes, como não era eu a jurada (e não tinha a mínima idéia que ele gostava dessas coisas) ele foi aprovado logo de cara, e no primeiro ensaio descobri que a pessoa que eu maais odiava seria meu companheiro de grupo, e pior, que eu tava começando a ter algum tipo de interesse por ele. Foi horrível, mas enquanto isso eu também tinha outros rolos amorosos por aí, assim eu me distraia do que eu sentia por ele e quase sem me dar conta me envolvi pra valer com outra pessoa: Fábio. Ele representava o oposto do Rafael, (apesar de que os dois sempre me trataram como uma princesa)! Fábio é como o lado pacífico, me dava tranqüilidade, estabilidade, me provocava ternura, com ele saía meu lado menina. Pois bem, comecei a namorar com o Fábio, e quase que ao mesmo tempo, eu e Rafa descobrimos o quanto éramos parecidos, e fmos ficando cada vez mais próximos, cada vez mais amigos, cada vez mais atraídos. E sempre existiu essa atração, mas oculta, não tinha outra saída a não ser me fazer de desentendida quando sentia essas mariposas no estômago, mariposas pelo amigo do meu namorado. Então surgiu a idéia de gravarmos um seriado, do tipo desses adolescentes com metade ficção/metade realidade. E quem seria meu par romântico? Ele!
Seria bastante falsa se dissesse que não me emocionei quando fiquei sabendo que ele seria o Guilherme da minha Giovanna, vi isso como uma escapação, não podia ter na vida real mas (aaahh), iria disfrutar na ficção. Má namorada? Não sei, ou melhor, sim. São pensamentos de uma namorada má, mas vamos ver, diga ao coração e aos hormônios que deixem de sentir isso...Éé, não é tão fácil, e muito menos quando você sabe que ele não é indiferente a tudo que está ocorrendo. Antes disso nunca aconteceu nada entre nós dois, o romance existia e não vou dizer mentiras, tiveram tentativas de beijos, mas a lealdade e o medo de botar tudo a perder me ganhavam. Jurei que depois de darmos nosso primeiro beijo em ficção acabaria com a tentação e assim seguiria vivendo a vontade, mas que surpresa nós levamos caramba! Ninguém me avisou dos fogos que iriam saltar quando ele tocasse meus lábios, ou o quão agitado ia ficar o meu coração, ou a vontade de que todos desaparecessem no mesmo instante, todos os câmeras, diretor e até mesmo o Fábio dos bastidores. Que gosto de beijo, e não é só isso, que incrível era compartilhar a cena com ele, amava a magia, a tensão e a conexão que tinhamos, tudo fluía naturalmente, e essa confiança junto com as horas intensas de gravação e ensaios ajudaram para que se fortalecesse nossa amizade. Eu voltei a referir a relação do Fábio com o Rafa, queria os dois, mas é claro que deixava de lado tudo o que sentia pelo Rafa, e fazia com que eles estivessem estavéis, para o bem deles e de todo o resto do elenco. Somos atores profissionais, temos que aprender a deixar de lado o ciúme que poderiamos sentir pelo trabalho que realiza o outro (e não me refiro a quem consegue o melhor papel, ou quem canta mais estrofes em uma canção, ou quem faz o par central numa coreografia). Estou falando do ciúme que dá por ver seu namorado beijando e acariciando outra e essa outra ser sua amiga, por isso sabe que é ruim sentir isso, mas como evitar não sentir quando ao mesmo tempo morre de vontade de que o amigo do seu namorado (que a essa altura é seu MELHOR amigo também) te beije e te acaricie no lugar dele? Confuso, eu sei, mas assim acontecia, era um conflito asqueroso de sentimentos. Aqui eram todos com todos, não tinha outra saída. Depois de bastantes meses assim, chega a tranqüilidade, aii, como desfrutei essa etapa, já não existia mais namorinhos, as tensoes entre ex-namorados iam baixando e a amizade com outras pessoas iam se fortalecendo. Enfim, já não havia nada (bom, quase nada) que me impedisse de estar mais e mais perto dele.
Que engraçado que agora eu queira estar a quilômetros de distância dele. E ele? Pensava em mim?
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Confissões.
Capítulo 4: Indireta.
Tivemos apresentação em um programa aonde aproveitei para desabafar um pouco e ainda dar bastante indiretas, que mais foram muito diretas. Tudo isso é culpa de como andava sensível nesses dias, ou talvez foi sentir nossas fans tão perto, o que me fez dar nele um golpe baixo, perguntando das traumadas. Sabia que com isso ele entenderia perfeitamente o que queria dizer: Somos o quê agora? O que vai acontecer com tudo? É óbvio que ele captou a mensagem. O primeiro que ele fez foi dizer ao Pedro que os caisais "falsos" formados pelo grupo tinham que acabar, as pessoas estavam levando as coisas muito sério e isso o afetava na sua vida pessoal. ÓÓDIOO, era essa sua resposta? Nos pôr contra os fans? Perfeito, fariamos o que ele quisesse. E o primeiro passo: não mais beijos nos shows! Mas antes algo tinha que ficar bem claro, isso não era minha culpa. Jamais vou esquecer o momento em que nos tranformamos em algo mais que amigos, a parte da amizade já tinhamos bastante dominada, era a tensão sexual a que estava saindo do nosso controle. Era algo do que não falavamos, já bastava nós mesmos acreditarmos no conto de que tinhamos um amor fraternal, mas nosso comportamento não demonstrava precisamente isso. Todos que estavam ao nosso redor estavam acostumados com nossas brincadeiras e romances, não tinha muita diferença entre a relação que tinhamos quando estavamos interpretando e quando éramos só Melissa e Rafael. E era frustrante, morria de vergonha de falar com ele, imagina se ele não me correspondesse? Eu sabia que sim, podia sentir, mas aí entram vários tipos de dúvidas e inseguranças em meios como esses. E apezar de serem algumas situações que se disfrutam, já estavamos em uma bastante incômoda.
Confissões.
Capítulo 3: A Noite Do Fábio.
Eu estava zero descansada e sem ânimo nenhum de subir em um avião, a única coisa que me confortava era que iamos estar perto de muitos fans e isso me distrai e recarrega minhas pilhas de energia. Mas antes de viajar, tinha que enfrentar algo: ver o Rafael com a Priscila! Se fosse por mim jamais tinha entrado naquele teatro, só fui porque amo Fábio e precisava vê-lo em cena, era sua noite. Iam ser algumas horas, mas é claro que ia poder conseguir, só o que eu tinha que fazer era me sentar longe deles e concentrar-me no palco, parabenizar meu irmão e sair o mais rápido possível daquele lugar...Fácil. Mas como eu estava errada! Tudo estava indo de mal a pior, o teatro estava cheio de fans e de imprensa, tinha que usar meu melhor sorriso. Não deixei de procurá-lo com os olhos, tinha quase uma semana sem saber dele, isso era muito, principalmente quando estamos acostumados a conviver 24 horas por dia. Morria de vontade de ouvir sua voz, queria que me dissese que tudo havia sido um erro e que já não estava com ela. Pobre ilusão, durante a peça eu o vi de relance, tinha sua mão em cima da perna dela e isso foi o que me bastou para agarrar meu orgulho, foi um click, em um instante passei do querer ele para odiá-lo (pela milésima vez nesses dias). Em cima do palco não queria nem sentir ele perto, me queimava, tentou me abraçar e me mexi sem olhar pra ele, de todas as maneiras ele ficou perto de mim, me disse palavras baixinho que me deixaram arrepiada.
"Senti saudades, Mel."
Como se atrevia a me tocar ou falar comigo diante dela? Eu não podia me esqueçer que a traíra estava ali sentada entre o público, me sentia tão consciente de sua presença e isso só me fazia afastar mais ele. E também o que ele pretendia com isso? Pensou que por alguns dias que não o vi as coisas iam ser como antes? NADA SERIA COMO ANTES, assim como eu tinha que infrentar a situação, ele também ia ter que entender que perdia qualquer direito que teve sobre mim. Já não mais os romances, as brincadeirinhas, também não aos toquinhos, e eu não ia mais o consolar nem confortá-lo nas noites...ele já tinha outra que o fizesse. Então agora o que éramos? É possivel passar de amigos, à amigos com direitos, e logo voltar a ser amigos sem direitos??? Que situação tão incomoda, se sentia uma tensão impressionante no grupo. Ninguém sabia nem o que dizer, nem de qual lado ficar. Nas horas de vôo voltava a mudar o que eu sentia a respeito dele, já não o odiava como uma noite antes, mas me invadia uma tristeza imensa. Só de vê-lo, ouví-lo, me dava vontade de chorar, o tinha perto mas era como se estivesse longe, sentia falta dele, me sentia tão confusa. E ele não dizia nada, não sabia como se comportar comigo, ele é orgulhoso e muito covarde quando se trata de amor, e não ia ficar aguentando tantas mudanças, ficava distante, nervoso, prefiro achar que se sentia culpado.
Confissões.
Capítulo 2: Ensaio.
Tudo estava saindo mal, durante todas as coreografias tive quase zero aproximação com o personagem dele e justo para o final quase tudo era nós, foram os piores dias de ensaio, já não sabia se era realidade ou ficção o que faziamos durante as danças. E justamente pra essa apresentação ensaiavamos uma música em que tinhamos que dar um beijo extrememente intenso. Depois que ele me deu a noticia sobre a Priscila tentei não ter contato com ele, o evitava e ele muito menos fazia muita coisa para ficar perto de mim, sabia que algo estava para explodir (sim, burro ele não é). Mas apesar de qualquer problema que podiamos ter entre a gente, na hora de dançar é pura e simples magia, sempre foi assim, a coreografia deixa de ser coreografia, perde seu ambiente e tudo o que nos rodeia, só estamos eu e ele, é quimica, é conexão, isso não se pode explicar, só se sente e pronto. E como o senti caramba, foi demasiadamente forte para mim tentar fazer tudo aquilo em ficção quando por dentro estava me desfazendo. Na última parte, na hora do beijo, saí correndo (denovo!), já não suportava o ter perto, me doía, queria bater nele por me fazer sofrer assim e ao mesmo tempo morria para não me separar da sua boca.
"Mel, espera por favor, você não fala comigo há dias, se não fosse pelos ensaios não saberia nada de você. Que foi hein?"
É verdade que os homens são meio brutos, será que realmente não sabe que estou morrendo por ele? Que literamente me mata que saia com ela? Já não queria continuar falando com ele, só piorariam as coisas, mas bastou que ele dissesse o meu nome para que as lágrimas saíssem de mim como uma cachoeira d'água!
"Sério cara, me deixa, você sabe perfeitamente o que tá acontecendo, sabe perfeitamente o que sinto por você, e não quero te fazer se sentir culpado, acredite: eu quero que você seja feliz, então é melhor deixar as coisas assim."
E eu dizia para mim mesma: não vou olhar pra ele, não vou olhar pra ele, não Melissa, não veja essa carinha de preocupação. Continue guardando sua roupa, se concentra no ziper da mochila. Não sinta a mão dele em seu ombro, não sinta como ele mexe no seu cabelo que ficou dentro da blusa. Maldito seja, não tira sua mão daí por favor...
"Você está chorando? Não suporto que chore, por favor não fique brava comigo, quero compartilhar esta etapa contigo, você sabe que sempre vai ter um lugar especial no meu coração, e agora preciso e quero viver isso, me entende?"
Uuuui papáá, até aí tinha conseguido manter minha dignidade (poderia dizer que) intacta. Mas de repente e do nada me nasceu um outro eu, imaturo que nada mais faz do que um escândalo, perde mais o controle das coisas e termina estragando todo o assunto.
"Ah agora você esta insinuando que eu sou burra? Claro que eu te entendo! Mas parece que você se esqueceu de tudo o que nos rodeia."
Eu não tinha razões válidas e bastantes convincentes sobre o mal que fazia ele ter uma namorada que não fosse (obviamente) eu, na verdade eu tinha, mas não ia me render taanto assim pra ele, aaah não ia!
"Mel escuta, por Deus o que esta dizendo!? Tenho todo o direito de andar com quem eu quero. Você sozinha vai ter que decidir se quer ser parte disso que estou tentando compartilhar contigo."
E assim se foi, e me deixou alí. Aah, mas claro que antes comecei a gritar que o odiava, é horrivel não ser a que dá a ultima palavra numa discussão.Será que ele realmente não enxerga o quanto me faz mal que ele tenha uma namorada? Ainda mais ela sendo quase a minha irmã?
domingo, 19 de abril de 2009
Confissões.
Capítulo 1: A Notícia.
Sempre pensei, ou melhor nunca acreditei que eu o fosse perder, acredito que essa segurança veio no dia em que o conheci, mas isso nunca impediu que nossa amizade, carinho etc... seguissem crescendo. Já sei que minhas palavras parecem não ter sentido mas afinal de contas são só o reflexo dos meus pensamentos, e como me sinto, vazia, revoltada, sem rumo. Como fazer quando uma parte de você sabe e sente que tem mais coisas para as quais seguir em frente, enquanto outra parte, o único que precisa é se trancar em um quarto e chorar, chorar...?? Acredito que apenas estou começando a me recuperar do estado de choque. Quando ele me deu a notícia pensei que era mais uma de suas tantas brincadeirinhas, dessas que ele faz quando está entediado.
"Mel, tenho que te falar uma coisa..."
Só agora acabo de lembrar como ele estava bonito neste dia, sempre gostei quando ele se veste de preto, ele fica muito mais sexy e não quero dizer que nos outros dias não era atrativo (porque isso é impossível), mas levo tantas e tantas horas seguidas pensando e chorando por ele que tem um ponto em que, os detalhes se borram, mas só os mínimos (como sua barba não feita e como seus olhos que nesse dia estava num tom mel combinando com essa camisa entreaberta preta) são apenas alguns que estou lembrando. Por um milagre não levantei e sai correndo para seus braços ali mesmo.
"Aiii Rafaa, sério, não vou acreditar em nada, você já escondeu minhas pulseiras umas 1000x e sempre caio na tua brincadeirinha, aí quando você cansa as põe de volta no lugar."
Não posso acreditar na idiota que fui, se soubesse o que ele queria me dizer tinha saido disparada dali, em troca eu fiquei alí parada adimirando seus olhos e dizendo uma montão de besteiras que me fizeram ver como eu era chata quando ele fazia suas brincadeirinhas típicas de esconder minhas coisas, quando é algo que agora sinto mais falta.
"Não Mel, não estou brincando com nada, tem uma coisa que eu quero que você saiba por mim..." OUCH, só aí me dei conta de que não era brincadeira, mas o que poderia ser tão sério? Agora começo a lembrar de tudo com mais clareza, ele não é (tão) retardado de estar com aquela cara de preocupação se fosse uma boa noticia a que estava me dando, neah?
"Ô garoto, você está me assustando, o que aconteceu?"
Em todo este pequeno momento não deixava de me mexer, continuava colocando minhas pulseiras, mas sempre voltava a olhar para seus olhos, logo peguei uma xuxinha para prender o cabelo e voltei para seus olhos, sempre à esses malditos olhos charmosos. Mas quando vi que ele abaixou sua cabeça supus, bom, posso dizer que foi como uma sensação no estomago o que me advertiu sobre a tempestade que estava por vir.
"Priscila e eu estamos namorando..."
Foi como uma cena de filme com efeito sonoro como de eco: Priscila...priscila...cila, e a vista fica borrada e logo não sente nada, não vê nada nem ouve nada, é como um silêncio, tudo fica em câmera lenta e ao mesmo tempo sabe que tem que responder algo pois é claro que os olhos dele estão quase te transpassando esperando uma reação. Bom assim dramático como se lê, foi como senti. O que não se tem dúvida é que sou uma mestra no meio da atuação, assim com todo meu talento e com a capacidade impressionante que tenho para esconder meus sentimentos fiz o mais óbvio...
"Sééério? Poxa que legal brother, bom... felicidades!"
Que burra, mas era melhor do que começar a chorar, claro que vontade não faltava, ou então eu podia ter cortado o espaço que havia entre nós e lhe dado o melhor beijo de toda sua vida, e não é para me gabar mas algo que ele jamais resiste em mim são os beijos.
"Mel, não brinca, não sabe como estou alividado de ver que você levou isso bem, pensei que você iria ter uma reação diferente..."
WHAT??? Agora ele estava aliviado porque eu não fiz um escândalo? Essa resposta que ele me deu só merecia o que fiz... SAÍ CORRENDO DALI! Estaria mentindo se dissesse que não sabia nada da Priscila, ela era uma das minhas melhores amigas. Mais é claro que sabia que ela e ele tinham ficado, mais é claro que notava o climinha entre os dois, ou as visitas frequentes dele pra ela, mas jamais acreditei que ele estava levando a sério, afinal de contas não é a primeira amiguinha que ele arranjava, e jamais acreditei que ela faria isso comigo, somos quase irmãs, portanto não tinha porque me preocupar e muito menos reclamar. Assim como ele aguentava as minhas saídas com meus amigos eu também tinha que suportar as suas, era como um pacto secreto que tinhamos, já era o ritmo que estavamos acostumados. Afinal de contas sempre terminavamos juntos, agora já posso dizer que era por amor, não tenho a menor dúvida, mas tenho que adimitir que muitas vezes o que nos motivava a nos encontrar era a necessidade somada a atração que sempre sentimos um pelo outro. Que bonito presente de aniversário eu tive, o amor da minha vida me dá a noticia que estava se relacionando com uma das minhas melhores amigas! Bom, precisamente não me disse assim, mas é a mesma coisa: está com outra, beija outra, se emociona com outra...
Feliz Aniversário, Melissa!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Não é um adeus!

Começando a bloggar num momento triste pra mim.
Esse fim de semana um amigo muito especial vai pra Alemanha, 6 meses longe dele.
Marcos (o de branco na foto), de todos que formam a família Celebrity, ele é o que eu conheço a mais tempo, o tenho uma história diferente, uma data marcante...eu vou sentir tanta saudade ='[
Não existe palavra que consiga definir tudo o que sinto por cada um. Pra mim 'celebrity' é mais que uma musica, mais que um nome, mais que um grupo de pessoas...CELEBRITY é família com um elo intranscedente, é ter história (e quaanta história) pra contar, é se encontrar em outras nove pessoas tão diferentes e tão iguais a você, é se acabar de rir, é ter a certeza que pode se acabar de chorar também, é lembrar um do outro sempre que escutar 'certa' música, e principalmente é amizade acima de tudo. E essa união que construímos aos poucos eu peço a Deus que não se destrua nunca. Porque família é pra sempre e é esse sentimento que eu tenho com cada um de vocês...com cada um é uma historia...mas todas as historias se juntam no nosso mundo, eu quero vocês comigo a vida inteira
Eu amo vocês ♥, e não existe tempo ou distancia capaz de mudar isso!
Assinar:
Postagens (Atom)