terça-feira, 21 de abril de 2009

Confissões.

Capítulo 6: Um Dia Bom, Um Dia Péssimo. Não sei se é normal, mais tem um ponto em que você já não entende a razão, só te valem as consequencias, o que você quer é acabar com isso que está te atormentando e pronto, passar pra outras coisas, ao menos assim posso explicar o que aconteceu naquela noite. Foi uma noite como essas de show em outra cidade, esses shows onde as duas horas nós passamos incrivelmente bem no palco, tudo eram sorrisos, olhadas intensas, acercamentos provocativos...E como é de se esperar terminamos com uma adrenalina impressionante e digamos que bastante alforado. "Não Mel, espera..." "Ai down, hahahaá, eu quase fecho a porta na sua mão, o que você quer? Eu tenho que me trocar, mas entra." Nem tempo deu de saber o que estava acontecendo, em dois segundos ele chegou perto de mim, segurou meu rosto e me beijou. Não foi como eu imaginei que seria, não foi um beijo terno. Foi melhor, foi perfeito, o que nós dois precisavamos. Apaixonado, desesperado, diferente...Diferente das 1000x que antes tinhamos nos beijado. Isso era só para ele e para mim, não havia telespectadores nem público presente como testemunha. Nos separamos só o tempo suficiente para tomar ar, nenhum de nós dois queriam fazer pausas grandes que pudessem apresentar arrependimentos ou sentimentos de culpa. Me assustei com o que estava sentindo por ele, as coisas passam por algo e acontecem justo quando tudo estava vindo à tona. De repente me vieram 1000 perguntas na cabeça. E a Priscila? E o grupo? Não poderia ser só questões de hormônios? Mais uma vez ninguém me avisou o que o coração iria sentir. Assim me assutei, e sei que ele também, os dois preferiram deter o que estava acontecendo nesse lugar, mas em vez de nos sentirmos incômodos foi tudo ao contrário, foi como se nossa relação tivesse passado para outro nível, agora sim já éramos algo mais que amigos. Já não tinha nada atrás. E as coisas seguiram seu rumo, havia um entendimento entre nós dois, era algo secreto (mais um). Me sentia sua cúmplice e isso me encantava. Apenas recordações. Tinha tanto que não pensar nessas coisas, mas continuo mal, continuo triste e agora mais que nunca quero continuar minha história com ele :S Mas aí nos colocaram distantes. Concordo que era necessário e obrigatório que as águas se acalmassem, eu estava na completa depressão, nem o consolo dos meus amigos me ajudava, precisava ficar sozinha e sobretudo queria ele bem perto de mim, o meu Playboyzinho de sempre :/ O mandaram à um lugar por uns dias e eu fui com o resto dos garotos para outro. Ajudou? Claro que não. Por mais que me fizesse de desinteressada, tentava escutar as conversas do Fábio com ele pelo telefone, ou ficava sondando para ver se Luíza estava lendo algum de seus e-mails. Precisava saber dele, foram só alguns dias e eu sentia que tinha sido uma eternidade. Morria para voltar ao Rio e vê-lo. De qualquer maneira estava sofrendo, sendo assim qual a razão de ter ele tão longe, melhor sofrer perto, não? Sim, a esse grau havia chegado minha situação. Totalmente mazoquismo. O típico 'me pega mais não me deixa ', que vergonha! No final já o tinha em minha frente, comendo no MC comigo e com todos os outros garotos e agora não queria vê-lo, não sabia como me comportar, queria saber o que pensava de mim, o que sentia por mim. Teria notado pelo menos minha presença? Se por acaso não a notou, Pedro o fez notar porque nesse momento ele armou uma grande discussão. Nosso querido chefe-pai-guiador nos explicou o que estava acontecendo com os fans durante os dias que nos deram de descanso. Como era de se esperar e tal o que adverti, se armou uma revolução por tirar os beijos dos shows. E me dá vergonha, mas tenho que confessar que uma parte de mim se sentia tão orgulhosa de suas traumadas com sua reação e que sentiam o que estava acontecendo comigo e com ele! *-* Daí Pedro nos sugere que voltemos com os beijos no show, afinal de contas era o público que queria. Lú e Fábio não tiveram problema, eles se ajustavam ao que nós dois decidissemos. Agora ficava o peso entre ele e eu. Eu não podia nem olhar nos seus olhos, não podia obrigá-lo a fazer algo que ele não queria fazer, então a decisão ia estar com ele, eu fiquei calada. "Não brinquem! Na real, é incrível o que está acontecendo. Mas tudo bem, não vou mais provocar problemas com meu atrevimento de querer fazer uma vida normal. Se Pedro acredita que é o melhor, beleza!!" Não gritou, disse o que tinha que dizer deu a volta e se foi, mas seu sarcasmo, sua braveza interna me fizeram sentir como se tivessem me golpeado de repente. Agora era um sacrificio me beijar?