quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Confissões.

Capítulo 20: Minha Reflexão. Não o entendo, na boa, e agora mais que nunca estou confusa, não sei o que está passando por sua cabeça, e não vou pressioná-lo para que me diga. A culpa não é dele (e muito menos minha), este tem sido um caminho comprido para os dois, tem sido muitas barreiras as que temos tido, e acredito no que sinto por ele, e na magia que temos juntos, em certos momentos cada um se tem ajustado ao que o outro necessita, a gente se cuida, a gente se ama, a gente briga de maneiras horríves e nos reconciliamos das mais lindas formas, só que não posso mais fechar os olhos pra realidade. E tenho MEDO, me assusta a idéia de pensar no dia em que acabe o grupo, no dia em que os compromissos já não nos obriguem a estar juntos, que vai acontecer? Nem sequer sei se vamos continuar sendo amigos se agorinha não estamos compartilhando tempo livre, o único sonho que nos fica juntos é o grupo...e meu coração fica pequeniniinho só de imaginar não o ter do meu lado pro resto da minha vida. O que tenho feito no passado fica comprovado que de muito pouco tenho aproveitado porque obviamente não estou com ele, então tenho que seguir em frente, ainda creio em um "nós", tentarei estar contente, a vida tem me consentido muitíssimo, está me dando coisas que me fazem estar tranqüila, estou descobrindo emoções novas. E não quero magoar ninguém, quero que as pessoas que me rodeiem estejem felizes por mim. Agorinha não posso evitar me sentir triste, estou na praia e este lugar é mágico pra mim, sempre me sensibiliza ao máximo, sinto e penso em tudo, nele com mais força, mas não sou nenhuma vítima, não tenho direito de me queixar, tenho que ver as coisas positivas, por na balança, em meus arranques (que é quando escrevo) sempre tenho o meu coração e a minha mente a 1000 por hora, o traduzo tal qual o sinto e tenho que amadurecer, preciso entender que por algum motivo estou vivendo isso, tenho que aprender com meus erros. AMO O RAFAEL (com maiúsculas, em negrito e em vermeelho mesmo) e sinto seus beijos e suas mãos e tendo mil recordações a cada uma dessas letras, isso não vai mudar,...nunca..., mas dentro de mim tenho vontade de ao menos desta vez, só por esta vez, não planejar o tempo, só criar novos sonhos! Fim.

Confissões.

Capítulo 19: O Outro. Quero chorar, quero me tirar esse vazio de dentro, quero sacudí-lo e lhe gritar que me queira, que não me ignore, que lute e brigue por mim. Já me dei por vencida, já não sei mais o que fazer. Diego não é assim meu namorado namoraaado, mas já não é só um amigo. De pouquinho em pouquinho foi ganhando um pedacinho do meu coração...Mas não é o Rafael. Diego faz eu me sentir querida, me entende, me fala e me olha nos olhos, ve além deles. Prefere as minhas necessidades, compartilhamos gostos e amigos...Mas não é o Rafael. Diego ganhou o direito de conhecer um pouquinho de meus sonhos e meus medos, me protege e me ama, me ama muito...Mas não é o Rafael. E tenho o direito de tentar, tenho todo o direito de dar uma oportunidade à alguém que me tem apaixonado, é um cara bom, batalhador, bonito. Mas não é a mesma luz, não tem os olhos mel com raios de azul, minha cabeça não se encaixa ao seu pescoço, com ele não sinto aquelas mariposas no estômago, não cheira igual e seus beijos não me causam o mesmo efeito. Não sei qual foi o momento exato que tomei a decisão, não posso falar de alguma briga porque não tem, não houve nenhum desgosto, simplesmente deixou de me olhar. Creio que agorinha seu coração e sua mente estão em outro lado e não precisamente em outra saia, tem projetos, tem metas e sonhos e simplismente senti que eu deixei de estar neles. Me adoora, isso eu sei e sinto cada vez que estamos perto, disso estou segura, mas preciso dele SEMPRE e não em momentos, não lhe peço ser prioridade em sua vida, só ser fundamental. Quando Diego fez mais óbvia sua presença em cada uma das viagens, bem lá no fundo acreditei que isso o faria reagir um pouco, sentir um pouco de ciúmes, que me diria algo...mas nada, o único que fez foi ficar mais perto da Lú, se refugiou nela para não estar perto de mim (ele sabe o quanto isso me dói). Foi tão óbvio, foi tão evidente para todos, as brincadeiras com o Fábio continuaram iguais, mas e ele? Rafael me ignorava! Não eram grosserias, simplismente tinha momentos que era como se eu não estivesse presente. E deixei de me fazer presente como outras vezes onde sempre ia reclamar-lhe que não me fizera caso, agora já não, ele sabia perfeitamente o que estava rolando entre Diego e eu e não fez nada para impedir...até hoje não sei o que pensa, nem sequer sei se o encomoda ou não, ele tem uma maneira muito diferente de mim na hora de tomar decisões, sua lógica é diferente, talvez pense que é o melhor pra mim, não sei, não sei de nada e me isso me desespera muito, não acredito que ele vai me deixar ir. Mas me sinto mais forte, as altas e baixas que temos tido deve ter me amadurecido, claro que me dói o que esta acontecendo, claro que chorei e muito sobre tudo, começando pelos shows, foi quando mais senti a diferença...estou quase segura que ele esta me dando meu espaço, o noto em suas olhadas e seus sorrisos, o noto quando canta pra mim e me empõe sua presença, ele sabe a influência que tem em mim e por isso o faz, é como fazer-se notar, como dizendo "você pode olhar mas não pode tocar" ou "proibído, porém sempre vou ser seu"... E aí?

Confissões.

Capítulo 18: O Melhor Jantar. e (quase) sem me dar conta já tinha pedido que me levassem no condomínio dele. "Mel, tá perdida? rs. O que faz aqui? Entra..." "Oii, tudo bem?" Toda a vida, a minha vida, me sinto segura em frente de uma câmera, de um microfone, de estar em frente ao público e me sentir dona do palco, o nervoso se transforma em adrenalina. Mas estar em seu apartamento tem um efeito inverso, que ironia, não? "Eu estava preparando algo pra jantar, quer?" "É...Pensei que não ia estar em casa, por isso nem pensei em ligar antes de vir..." "Ah, não tem problema, já que na confraternização nem tivemos tempo de conversar, e eu queria estar na minha casa, senti falta dela, senti falta de muitas coisas..." Owwwn caraay! O que custa ser assim tão fofo?? O que custa fazer essa carinha linda?? E assim começamos a conversar muito, ele tinha ataques de riso contando-me das gravações e de fofocas internas e claro, eu não entendia porque eu não estava lá, mas já valia ver os seus olhos e os três tipos diferentes de sorriso que ele faz enquanto me conta algo (o de extrema alegria, o de safadiinho, e o que ele faz só pra me agradar). Foi a melhor janta que tive, não me importava que não me dissesse nada de nós dois, ou de mim, não precisava falar, podia se sentir na comodidade em que estavamos, no ritmo, em como me olhava, ou acariciava minha mão, em seu tom de voz e seu humor, e eu quase ficando louquinha, mas é algo que também se desfruta e faz a espera ser mais gostosa. "Foi bom que ficasse pra jantar..." "Hmmm, sua pizza estava ótima, Rafa, hahahá...Que bom que já voltou e que acabaram seus compromissos, você não estava dando a míinima atenção pra gente!" "Aaaah, cala a boca sua bobiinha, não fala isso! Senti muita falta dessa tapadinha que você é..." Aí ele começou a se aproximar. "...desses fios loirinhos..." Fez carinho na minha cabeça. "...desses olhos..." Olhou beeem fundo como se quisesse enxergar minha alma. "dessa boquiinha..." Segurou meu rosto, chegou muito perto e deu um beijinho no cantinho da minha boca. "...e também senti falta..." "Nonono, cheeega Rafael...senão não saio daqui!" Ele riu...me despedi com um beijo na testa e fui, fui feliz, muuuuito feliz, quase sem ar, com palpitação a ponto de ter um infarto mas contente, e sigo estando feliz. Por que fui embora? Não sei, em questões de Rafael sempre o coração ganha a razão, mas minha mente e meu corpo desta vez estiveram de acordo, e saímos voando dali. Não sei se estou me protegendo para não sofrer, não sei se é o medo de nos fazer mal o que nos mantem nessa situação tão estranha, mas cada vez me convenço mais de que o medo de não ter essa vida ao seu lado é o que deveria nos motivar a ficar juntos... Serei injusta dizendo que não sou completamente feliz? Serei mal-agradecida com meu Deus por desejar ter mais uma benção? Que mau faço?

Confissões.

Capítulo 17: A Volta. Já me disseram que meu número da sorte é o 6, e me agrada, significa muitas coisas: é um numero par, é a perfeição das partes, é o símbolo do amor, a estrela de David... Por isso acredito que para mim isto de ser a quinta de 6 não estava funcionando muito bem, faltava meu par. Não era o mesmo em nenhum sentido, nem em voz, nem em presença, nem em espírito. Uma representação resiste mas é horrível. Agora, viver isso por semanas? É insuportavél!! Tenho que reconhecer que desfrutei bastante das minhas férias, me ajudaram a me distrair de tudo, só as vezes quando sentia uma pressão no peito e era o sinal de que estava sentindo falta dele, ainda mais estando na praia, morria de vontade de estar com ele, sair para uma boate e dançar as músicas que gostamos, e ser o Rafael que estivesse na minha frente e não outro. Mas nada disso aconteceu, o máximo que aconteceu foram ligações no celular, como o ouvia todo contente falando de suas gravações me tranqüilizava, mas quando desligava só ficava uma sensação mais forte de querer tê-lo comigo. Muitas vezes o convidei a passar o fim de ano lá, mas a agenda dele estava complicada, pelo menos era isso o que ele me dizia. Mas as férias passaram e era hora de voltar as atividades, já tinha vontade de ver os garotos, mesmo que continuasse faltando ele. Você se sente tão estranho quando um não está, todos são insubstituíveis, ninguém poderia ocupar o lugar de nenhum deles nunca. Me dói que tenham acreditado que eu poderia me atrever a fazer isso. Meu coração nesse momento se partiu em 1000 pedaçinhos, me senti como em uma das brigas que tive com ele por causa de meus amigos, nunca havia acontecido algo parecido com os fans, mas ao mesmo tempo o entendo e o aceito, quando se trata do Rafa eu me transformo, é intocavél, o defenderia com unhas e dentes. Mas juro que a minha intenção nunca foi machucá-los, à ninguém, todos são minha vida, meu mundo, não posso escolher, jamais poderia...são amores diferentes. Me senti estranha quando ele voltou e o grupo se completou. Não sei se eram os nervos ou idéias minhas, mas as mariposas de sempre se fizeram presentes. Master idiota, não sabia se corria pra cima dele ou se chorava de emoção, mas nem um nem outro, só demos um dos abraços maais liindos da nossa história! E como somos nós que sempre estamos fora do normal, como somos e não somos, acredito que ele também se sentia estranho. Sei e senti que ficava muito feliz de me ver, mas estava meio distante, não parecia que estava morrendo de amor e é claro que me enchi de idéias, e se tivesse conhecido outra que o deslumbrava? Ou se em tempos se deu conta de nós e da vida? E assim fiquei durante e depois da confraternização, em meu mundo, pensando as 1000 coisas que podiam ter passado nessas larguíssimas semanas de separação...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Confissões.

Capítulo 16: A Coletiva. Um dia bipolar como tantos, de me levantar extremamente tarde (como tantos outros), vinha abaixo meu plano. E desde que abri meu olhos tinha um presentimento de que não ia ser um bom dia, me sentia de mal-humor, frustrada, mas com uma vontade impressionante de vê-lo, e isso porque tinha apenas 5 minutos que tinha acordado. Todo o dia estivemos na rua, ao menos estavamos no Rio de promoção intensa com o CD, a coletiva seria no colégio onde nos 'iniciamos ', assim em qualquer break podia correr para minha casa e me refugiar na minha cama e deixar de vê-lo. Não suportava vê-lo e não ter ele me despentiando o tempo todo, queria comê-lo em beijos. Talvez meu problema pudesse ser solucionado com o Fábio, mas a verdade é que ele já não me provocava nada mais do que ternura, então o descartei junto com outros amigos bastante dispostos, porque o problema era que eu queria SÓ ele. Enfim todo o resto do dia só piorou, eu já estava histérica, gritava por qualquer coisa e até com os lindos que tentavam nos ver: sinal claríssimo de que a situação era grave. Chegando na sala onde daríamos as entrevistas e depois de muito trabalho com a imprensa, falei meio feio com o Téo por ter me deixado a mercê dos repórteres...e isso foi a gota que derramou o vaso. Recebi uma mensagem no celular "Te vejo no auditório em cinco minutos.", é obvio que era do Rafa, mas estranhíssimo porque ele estava em minha frente, então devia ser algo delicado o que tinha que me falar para que estivesse tão misterioso, e na verdade o que eu menos tinha neste momento era paciência para dramas. Mas com a dúvida não ia ficar, fui para lá. "O que aconteceu Rafael, qual o mistério? Não podia me dizer lá? Pra que essa palahaçada de me fazer vir até aqui ten..." Isso foi tudo o que consegui dizer. Ele me agarrou pela cintura, me jogou nos puf's da decoração e me calou com um beijo. Nem tempo me deu de reação (e isso eu agradeço). Foram segundos que ficamos sem nos mover, sem nos separar, os dois saboreando e processando o momento, havia passado tanto tempo sem estar assim, sem sentí-lo assim que até vontade de chorar eu tinha. Era tudo o que meu corpo precisava... tudo o que eu necessitava. E minha boca o correspondeu como se fosse o último, e como se tivesse sido o primeiro, já mais perto de mim não o podia ter e como queria me fazia longe. Perdi a noção do tempo, nem sequer sentia meu corpo afundando nas almofadas, só estava consiente de uma de suas mãos no meu cabelo e da outra acariciando minha perna, da minha mão na sua nuca e dos nossos corações saindo do peito. Nos separamos porque em algum momento tinhamos que respirar, mas seu rosto não se afastou do meu... "Agora deixa esse mal humor não? As pessoas não tem culpa de suas necessidades, Mel..." Descaraaado, sempre rindo da minha cara. Tentei (mas não consegui) tirá-lo de cima de mim e dizer que não estava me fazendo nenhum favor e que não ter seus beijos não afetava meu humor... "OOOOII?? Desculpa mas eu..." "...e nem fique irritadinha, falei isso de brincadeira, e também isso foi para os dois, já tem meses que eu morro de vontade de fazer isso..." Levantou , me deu um selinho e se foi. Sem eu poder dizer uma palavra. Mas tinha seu sabor e isso era o que exigia para alegrar meu dia. Que vergonha aceitar mas era verdade, minha briga com o mundo era reflexo do muito que sentiamos falta do "ele, eu e minha boca". Nem preciso dizer que o resto do dia foi felicidade e sorrisos para mim, neah? Então é isso, assim funcionamos nós dois, ele tem aprendido a me conhecer completamente e sabe perfeitamente o caminho para tocar meus sonhos. Bem ou mal é a realidade, ao parecer não poder estar nem juntos, nem separados.

Confissões.

Capítulo 15: Bancando os difícies. Ai ai, estúpidos hormônios, eles têm culpa de tudo. Por isso os homens nos criticam tanto...sim, somos sensíves; sim, somos impossíveis de entender, digo, é parte do encanto, mas não é nossa culpa! Se quero chorar e depois de cinco minutos rir, qual o problema? Se um dia não quero ter perto ninguém do sexo masculino e no outro dia morro de vontade por um, a quem importa? Voltei a cair em tentação. Sim, eu merecia. Depois de andar tocando essa garota o retardado não ia me tocar com suas sujas mão (lindas, mas sujas por ela) até que não passasse um tempo razoável, um castiguinho bem merecido. Aah, não é que eu andasse tão necessitada para não poder aguentar sem seus encantos, e ele sabia que não podia sair da minha vida quase meses e voltar como se tivessem sido horas... Ele tentava, mas eu o afastava: não é não! Nunca batalhei pra ser chata. Um abraço está bem, um beijinho na testa também acontecia, mas nada além disso, apezar de muito que a minha pele sentia falta dele, meu coração sentia que era muito rápido. Bom, Rafael também devolveu meus afastamentos, ele sabe perfeitamente que o que mais odeio é que me ignorem (uí, não suporto). Sobretudo quando ele deixa de me abraçar para ir abraçar a Lú, ou simplesmente de pirraça, se fecha em seu mundindo com seus megafones sem falar com ninguém. Mas isso é o de menos, não importa o que faça, o que me irrita profundamente é o fato de não ser eu que ocupe toda sua atenção, mas tenho que aguentar, porque eu também fiz isso infinidades de vezes, ainda mais quando ele não quer me acompanhar quando estou com algum de meus amigos. Eu tenho tentado compartir com ele um pouquinho da minha galera, mas ele não deixa, não me faz escolher entre ele ou eles, simplesmente ele toma a decisão por mim e se afasta. Mas isso não é nada novo, já nem briga nos ocasiona, é um dos tantos acordos em silêncio que cedo ou tarde vamos ter que endireitar. O caso é que ia chegar o dia em que isso explodiria. Morreria para estar mais perto dele, mas ao mesmo tempo não me permitia e isso estava me deixando mal, muito mal!

Confissões.

Capítulo 14: Pôr do sol. Voamos muito alto e muito rápido. Necessitamos todos tocar o chão, voltar a sentir a emoção dos primeiros shows, a emoção das primeiras canções, e recarregarmos a energia das primeiras vezes de tudo. Isso não quer dizer que me esqueci ou deixei de lado tudo o que já vivemos juntos. Cada erro e cada acerto. Jamais trocaria esse lanche no shopping cheio de confissões e perdões entre os seis, nem aquele show debaixo de chuva, ou da primeira vez que lotamos um lugar, as lágrimas de uma fan em BH, o abraço de um fan na praia. Jamais trocaria sentir seus beijos no reveillon, seu abraço de confiança momentos antes do primeiro programa de TV ou suas carícias essa tarde, aqui em casa. Simplismente não me imagino viver tudo isso sem ele. "Mel, corre aqui, olha essa vista, é impressionante..." OMG! Havia visto tantos entardeceres antes, em diferentes praias, com diferentes pessoas, mas jamais havia me maravilhado como dessa vez. "Caraaaaai Rafa, que liindo! Até me arrepiei..." E alí parados, sozinhos, naquela areia fofa, ficou atrás de mim e me envolveu em seus braços, e assim nós dois em silêncio seguimos adimirando como o azul do mar se perdia com o azul do céu enquanto a noite ia chegando. Assim bonito como se lê, era como realmente estava, incrível. Eu já tinha visto paisagens como esta antes, mas o que faz desta tarde algo inesquecível, é que foi o primeiro pôr-do-sol que passei com ele, foi como marcar o início de uma quantidade de aventuras que viveriamos juntos, foi um sinal que me avisou que a partir desse momento veria tudo diferente e mais vivo ao seu lado. E por isso e por 1000 memórias mais sigo em frente. Por isso escrevo, para desabafar o que não posso gritar, e porque a verdade das coisas é que não quero acordar.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Confissões.

Capítulo 13: Amor de Fan. É uma etapa a mais, um passo a mais que me faz entender que vou amá-lo para sempre, como jamais amei alguém. Tem vezes que ja não posso mais, é muita pressão, muito movimento, constante stress, nunca paro. E adoro o que faço, mas sim de verdade tenho que pensar nesses quatro anos, creio que se vão passando como um filme adiantado, não sei se tenho realmente tempo de processar o sonho no qual estou vivendo. Me dá medo acordar. Me aterroriza não saber se vou seguir existindo uma vez que esse movimento pare. Tenho tantas idéias revoando em minha cabeça. Nem dormindo deixo de me mover. Sempre adiante, planejando, imaginando e desenhando. Mas esse sentimento não é permanente, poucas coisas na minha vida são. Agora posso sentir que me afogo mas daqui a pouco já estou rindo de uma piada da Lú ou viajando em Neverland com o Pan, no conto perfeito. Acabo de saber que cancelaram uma turnê que já haviamos começado, por quê? Não sei, são causas além de nós, na realidade 90% são por coisas que estão fora de nosso alcance. Nós somos como marionetes, nos movem como querem e nós não podemos fazer nada contra isso. O que me dói, dói a eles, eles que movem fronteiras para ver a gente, eles que com sacrifício pagam um ingresso e eles que simplesmente nos querem e nos querem ter perto. Se nós do grupo pudessemos, já teriamos nos dividido em pedacinhos pra estar em cada parte de cada lugar onde gostam do que cantamos e dançamos, desde daonde nascemos até onde aprendem o idioma por amor. Mas é impossivel, não posso me dividir em pedaços, nem pisar em cada lugar. Tento, temos tentado estes anos cumprir, retribuir pelo menos um pouco do amor de cada sorriso, cada lágrima de emoção, cada coro cantado, mas não se pode e por isso me sinto assim, a ponto de explodir. Não sei se de impotência, de agradecimento, de cansaço, ou das três coisas, ou de nenhuma. Mas vem coisas novas.

Confissões.

Capítulo 12: O Fim. Comprovado: O tempo não ajuda! É impossivel arrancar alguém de tão dentro, quem disse que se podia, mentiu! Ok, já passou bastante tempo desde do sucedido, bastante tempo, bastantes viajens e um montão de tentativas. E na verdade eu merecia a porrada que levei a alguns meses atrás, mereci por ser muito confiante, por ser pretenciosa, por querer mudar meu destino. Já não me lembro bem da primeira conversa à sós que tivemos despois que se acabou. Sabe quando você tem muita vontade de saber algo e se concentra só nas palavras chaves, nessas que nos fazem sentir conformados? Então, foi o que aconteceu, tanto que só o que lembro dessa conversa é: "Mel, terminamos!" E com isso fui feliz, e não nos falamos mais. Na realidade nem fazia falta, foi bastante óbvio o que ele sentia, trazia uma cara de perdedor porque não podia estar com ela e a odiei, a odiei muito por fazê-lo se sentir assim, e odiei mais a ele por ser retardado, metido e também querer mudar seu destino. Agora lembro dele e me comove muito, me dá coisas e me dá uma vontade quase que insuportável de ir abraçá-lo e consolá-lo (apezar de que é estranho porque é algo bastante superado). Mas nesse momento, como uma boa garota ciumenta me sentia feliz, satisfeita em vê-lo com "o rabo entre as pernas", eu o provocava, bombardeava com comentários para fazê-lo saber (óbviamente na frente de todos) o pouquinho que havia durado o capricho. Mas não aguentei. Sim, sou (extremamente) fraca com ele, sou o que ele quer que eu seja, me transformo no que dá vontade à ele, ele me dasarma totalmente. Nada mais, só aqueles olhos e três lindas palavras bastaram para que eu o perdoasse. E meu coração, meu estômago e algo mais me pediam aos gritos estar com ele, sentí-lo perto. Mas não. Algo me ganhou, não sei daonde, dentro de mim, não sei se foi quando lembrei a inchação que me deixou nos olhos depois de ter chorado tanto, ou me dar conta que apezar de estar descobrindo e reconhecendo meu amor por ele, também descobri com tudo isso que existe uma Melissa que mesmo disposta a apaixonar-se e enfrentar as conseqüencias que isso leva, também podia deixar se quebrar assim por alguém. Sou dona de mim, nada mais. Ele...estava doido, se arriscou e falhou, isso conta e muito. Seguiu sendo o mesmo romântico e conquistador de sempre, continuam as brincadeirinhas e seus carinhos, mas havia algo que nos marcava o limite, havia algo que não sabiamos o que era, não tinha nome mesmo que procurassemos. Sempre com uma vontade de querer estar perto, e ao mesmo tempo longe, e ninguém dizia nada, ninguém fazia nada. E eu... imaginando, sonhanhando acordada que o beijava como antes, como nunca. E isso não me atormentou, não me preocupou. Melhor disfrutar das maravilhas do meu dia a dia. Comer um chocolate, ver um rapaz bonito, sonhar com a praia, uma tarde de desenhos, uma conversa com a minha irmã, um fan cantando minha canção... estou bem. Sempre, no fim das contas, seguimos bem.

Confissões.

Capítulo 11: Dúvidas. Não acordei uma manhã sabendo que estava apaixonada por ele, digamos que foi algo que fui captando com o tempo. Coisas que melhor dizendo se tornam habituais e sem importância, de repente descobre que são vitais para você, que sem essas coisas não podeira viver, como se dar conta de que se sente só quando está sem ele, ou buscar seu cheiro impregnado em minha almofada. E rápido descobre que apezar de conhecê-lo e tê-lo tanto tempo convivendo com você as mariposas no estômago nunca desaparecem, e o mais importante de tudo é que descobre que ele é a única pessoa que você pode odiar com a mesma intensidade com que ama. O odeio por fazer tanto efeito em mim, e ao mesmo tempo amo que o tenha. Agora que estou doente ele tem se comportado divinamente comigo. Se passa por mim, checa se tenho febre ou se já tomei o remédio, procura fazer com que eu não fale muito para não me desgastar, ou seja, é ele que faz toda a conversa, óbviamente evitando temas incômodos, me conta de todas as burradas que fez quando viajou, me empresta seu mp3 para eu ouvir as canções novas que baixou, ou simplesmente fica comigo, em silêncio, enquanto me obriga (com os olhos) a terminar a comida. Não necessitamos dizer nada, simplesmente ficarmos perto um do outro é reconfortante. E odeio isso, odeio que com esses gestos me faça esqueçer o triste que tenho estado e odiar que morro porque me abraça ou que fique comigo em meu quarto enquanto eu durmo, mas não posso. E como não amá-lo? Ele sempre cuida de mim como uma princesa, nos shows me olha profundamente quando passa por mim, me consola quando choro por problemas em casa, me dá colo e me acalma quando corro em desespero pra ele. Como não amar suas atenções? Tudo é tão natural, não tem nada forçado, o que ele faz é por que tem vontade, não posso evitar não sorrir, nem sentir no estomago uma apreensão cada vez que ele me olha, não posso evitar! Mas quem me garante que vamos continuar assim? Me sinto tão insegura, aparentemente as coisas estão estáveis mas me restam poucos dias "sozinha" com ele. Em alguns dias nós vamos voltar, em alguns dias ele vai voltar pra ela, e eu? Não sei se vou poder suportá-lo. Me tranquiliza ele estar aqui porque o tenho a uns passos de distância, sei o que faz e aonde vai. Mas no dia em que voltarmos, fora de nossos compromisos, já não vou vê-lo. Adoraria pensar que com certeza chegando ele termina com ela e tudo volta ao normal, mas não sei porque me faço de idiota, ele nem sequer me disse nada, não sei o que ele pensa, todas minhas conclusões são baseadas no que eu sinto em relação a seu comportamento. Não sei se devo enfrentá-lo e falar com ele de uma vez por todas, acabar com tantas perguntas que eu tenho feito em toda a viajem ou deixar as coisas assim e esperar ver como avança sua relação com a Priscila. Já dou até risada da ironia de tudo, se tivesem me dito o que me esperava não sei tinha acreditado. Agora me arrependo de tantas atitudes que tive e desisões mal tomadas. Devia ter deixado de lado o rolo com o Fábio, ele gostava de mim e entenderia o que aconteceu com Rafa e eu, sei que no princípio não foi tão fácil digerir, mas era algo que mais cedo ou mais tarde ia acontecer e se ele, que era o principal afetado, meio que não se importava, o que importava o resto do mundo? Inclusive creio que ele foi o que mais se surpreendeu quando contei que não estava namorando com o Rafa, erro meu. Outro? Não devia deixar que a relação começasse a se tornar tão aberta, tão livre, o que acontecia com nós dois não era só paixão, havia e creio que ainda tem um sentimento forte, então me pergunto: Por que compartilhar o meu garoto quando o podia ter só para mim? Tantas cenas de ciúmes que poderiamos ter evitado por ambas as partes. Devia, devia, devia...blablablá...já nem importância tem me lamentar. Mas apesar de tudo tem algo de que não me arrependo: ter entregado à ele tudo de mim...meus sonhos e minha realidade. Meu corpo e meu espírito. Não sei o que nos espera quando regressarmos, mas quando ele a ver, desejo com todo meu coração que ao menos um segundo se lembre de mim. Que lembre da nossa história.

sábado, 2 de maio de 2009

Confissões.

Capítulo 10: Cara Nova. Temos passado por muitas etapas, algumas temos estado como chicletes, tudo é felicidade, tudo sai muito bem, derramamos amor, e outras temos estado um pouco mais afastados, mas não brigados, simplesmente deixando-nos respirar mas sempre sem nos soltar muito. Seguiamos bem ao caso de se o outro conhecesse alguém ou se comportasse mal por aí, afinal de contas sempre no reencontramos no mesmo ponto: onde estamos juntos. Creio que é bastante normal que nos aconteça isso, é muito o tempo que pelo trabalho estamos perto, de repente necessitamos de sinais do mundo exterior, saber que tem mais gente fora do nosso "mundinho", sair da rotina. ISSOO! Assim posso acreditar que posso ter entendido o que houve com ele: Priscila o deslumbrou, o tirou do cotidiano. É uma cara nova para ele, tem experiências diferentes pra contar (eu melhor, nenhuuma experiência), conversas novas com quem vive coisas diferentes. E eu sou a cara de sempre, a de todos os dias, das mesmas brincadeiras e os mesmos carinhos. Ai Deus, não, a ficha acabara de cair. A parte física, agora ele toca a ela e beija a ela. BASTA! Isso tinha como fim ser uma reflexão madura sobre o que está acontecendo com ele. Mas caramba, não suporto pensar que se cansou de mim, não quero me comparar a ela (como se fosse possível, hahá, sei que sou bem melhor), mas e se ele me compara? Não. Estou fazendo as coisas erradas, outra vez estou me deixando levar pelo coração, não estou pensando bem sobre as coisas. Não se pode comparar o carinho de uma paixão recente com o amor de 4 anos. QUE PROFUNDO! Agora já falo de amor. Bem que dizem que alguém necessita do golpe forte para entender e aceitar assim, livre, seus sentimentos. Pode ser que eles sejam algo passageiro, pode ser que não. Não posso confiar e muito menos ter falsas esperanças. Em outra circunstância poderia quase confirmar que ele lhe contou a verdade, assim é ele. Mas como o vejo todo dia inseguro com o que estamos vivendo agora, tenho o pressentimento de que não foi tão honesto com ela. Na verdade não a odeio, acredito que odeio a idéia, no geral, do que ela representa na minha vida. Podia ser Dayana, Kelly, Fabíola ou Vanessa...para mim ia ser o mesmo. Tenho que ser objetiva, assim, feia ela não é! Reconheço que não me ajuda em nada que essa down seja igual a mim no jeito de ser (por isso ficamos amigas), aliaais, se ele se cansou de mim deveria procurar alguém totalmente diferente, não? e somos tão 'iguais', o que ela tem que eu não tenho? Ah cheega, isto não está me ajudando, continuo igual. Preciso de um pouco de paz, é desgastante estar assim. Já não me sinto só triste, agora estou doente: outra vez minha garganta. Não posso me descuidar, não posso descuidar da minha gente, eles não tem culpa de nada, não merecem me ver assim. Preciso tomar uma decisão, posso continuar chorando e ver como ele se afasta mais e mais. Ou posso continuar chorando (por que a quem engano? Isto ainda não está tão superado) mas ao mesmo tempo fazer um esforço, se, de não reconquistá-lo, ao menos de não perdê-lo. Mas e se o motivo de ele estar com ela, na verdade foi algo eu fiz? Devo me sentir culpada?

Confissões.

Capítulo 9: A Idéia. O concerto estava muito melhor. Se notava certa melhoria, não como antes, mas pelo menos já não era estranho quando ficavamos perto. Na verdade sim, tive que me conter várias vezes para não correr e abraçá-lo ou me agarrar em seu peito. Na hora do beijo esperei que ele marcasse o ritmo. Estava tão nervosa, não podia nem me mexer. Foi lindo, muito lindo, pegou na minha mão, chegou perto e me beijou, agora sim o senti, não pude evitar e o abraçei forte, sentia sua mão nas minhas costas e por pouco não me deixo levar pelo momento. Mas lembrei do meu orgulho e meio que o empurrei, não me soltava. Ok, estou exagerando, não precisamente que não me soltava, mas bem, eu precisava o distanciar, já estava sentido vontade de chorar (outra vez). E justo aí me veio uma idéia na cabeça: dizem que pode ser que algo entre nós já tivesse terminado, mas significa que tudo tem que terminar aí? Agora já sabia que para ele também custava estar longe de mim. E se usasse isso a meu favor para recuperá-lo? Meu plano não estava tão bem pensado. Creio que essa idéia me veio a cabeça pela melhoria que tivemos, mas na realidade antes de começar a fazer qualquer coisa para recuperá-lo tinha que averiguar primeiro a razão pela qual o perdi. Eu sinto que não foi só por não aceitar que estava saindo com ele. Isso é só uma parte, mas não a razão principal. Tive dias livres para pensar um pouco mas pra lá de mim e de meus sentimentos, agora me toca colocar, ou tentar ao menos compreender a posição dele. Porque se bem as coisas haviam ficado um pouco mais relaxadas, bem não tocavamos o tema direito. Oficialmente não era como que me devesse uma explicação, jamais me enganou, simplismente não o compartiu comigo enquanto o foi vivendo. Por isso digo que jamais acreditei que fosse levar Priscila tão a sério, porque na realidade nunca ficou evidente sua vontade de formalizar com ela, ao menos não as fez evidente comigo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Confissões.

Capítulo 8: A Reconciliação. E esse momento tinha que chegar. "Mel, posso falar com você? Não quero brigar." "Também não quero mais brigar!" Eu estava me arrumando para o próximo show. Depois da discussão da noite anterior não tinhamos conversado. "E nem sequer vai olhar pra mim?" Maldito seja, justo o que não queria fazer era olhar pra ele enquanto falava comigo, mas mesmo assim já podia notar sua carinha triste, era óbvio o sentimento em sua voz, além de seu perfume (meu preferido), tudo isso não estava ajudando muito a continuar a compostura. "Eu também senti saudades de você no show, Melissa." YEEEEEEES! Que lindo, que incrível enfim saber que ele também está sentindo o mesmo. Foi como se de repente tirassem um peso de cima de mim. Um pouco de alivio. Já era justo e necessário que ele demonstrasse algo, não? Com isso tive que virar e olhar pra ele, era inevitavél. Meu amor! Está muito lindo. "O que vamos fazer, Rafa?" "Tentar nos encontrar outra vez? Não sei, pouco a pouco..." "Cara, não é facil, me dá um tempo, mas não quero que faça nada à força. Comigo você não tem o direito de fingir." "Não fala assim, Mel, eu não finjo. Se sorrio e se canto para você, se te toco e te acaricio é por que me dá vontade e ponto!" "Sim, e enquanto isso o que eu faço? Precisamos de certa distância. Você tem namorada, pretinho, não é mais como antes!" "Não brinca!? Eu sei que estou com a Priscila, mas isso não significa que eu e você tenhamos que estar a dois metros de distância. Vamos tentar?" Bom, pelo menos já haviamos chegado à algo, já era um avanço. Mas era óbvio que ele também tinha muitas coisas em que pensar. Estava confuso, ancioso. Nem ele sabia o que éramos agora. Antes de ir pegou minha mão e me puxou para me dar um abraço. Deus, como eu sentia falta dele, daquele abraço-mais-reconfortante-do-universo, me afundei praticamente em todo seu pescoço enquanto ele me mantinha toda apertada a ele. Não me restou dúvida de que ele também sentia minha falta, não sei como, creio que nem ele ainda descobriu, mas os dois necessitavam isso.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Confissões.

Capítulo 7: O Pior Show. Mais que nunca estive pensando nos beijos, se tivesse que escolher algo que nos une, algo simbólico para nós dois, seria isso. Esse contato com ele não o troco por nada, desde o primeiro momento foi como magia, somos simétricos, de verdade, é como se minha boca tivesse sido desenhado justo para a boca dele. Detalhes, tudo está nos detalhes. Adoro a maneira que ele me pega pela cintura para ficar mais perto dele, aí quando passo meu braço pelo seu pescoço para sentí-lo meu. A minha estatura fica perfeita na altura daonde posso me aconchegar em seu pescoço e sentir seu perfume, ou as palavras lindas que me diz ao ouvido antes de tocar minha boca. Mas para o que aconteceu nesta noite, mais seria válido morrer de vergonha. "O que houve, como você foi capaz de fazer isso comigo?" Foi o pior beijo dado na história dos shows. Tentei me fazer de burra e sair do palco mas ele me deteve, nenhum de nós dois sabia como chegar perto do outro. Aqui não teve palavras bonitas, nem carícias, quase, quase nem tocamos os lábios. Foi frio, rápido e sem magia. "Eu? Do que está falando? Por pouco me deixa parado como retardado sozinho no palco. Sim, já sabia que tinhamos que nos beijar, por quê você ia embora?" "É esse o ponto: TER que nos beijar, não é a força garoto, não tá me fazendo nenhum favor... Acredita que as pessoas não se deram conta que fez de má vontade? Pro beijo que demos melhor que tivesse me deixado sair antes do palco, te poupava o sacrificio!!" E não é só isso, eu morreria para gritar a extrema falta que me fez suas olhadas, suas brincadeiras no palco. Queria acariciar seu rosto nas músicas lentas, mas não me atrevia, e não tinha porquê, eu não queria que fingisse. Teria me encantado me fazer de muito homem e voltar todas e também fazer isso no palco, disfrutar meu momento com o público. Mas não podia, eu fiquei com cara de retardada vendo ele todo o tempo, só faltava eu suspirar de canção em canção. Mas óbvio que não podia ver. E sei também que é óbvio para os fans tudo isso. A eles não podemos enganar, nos conhecem, nos querem e, de verdade, tento fazer um esforço por eles, mas me dói, me dói tanto que ele se afaste de mim, e pior, na frente deles. Sei que estou me comportanto como a vítima, mas assim me sinto, muito no fundo sei que ele tem razões que tenho que chegar a entender, mas agora a única prespectiva que tenho é a minha e ela está me consumindo. Estou lutando para aceitar a situação, para achar uma nova maneira de convivência, mas tudo aconteceu tão rápido. Não posso continuar pensando só em mim, tenho que pensar também no público. Quero aceitar que ele já não é mais meu e tenho que me desacostumar dele. Mas como se faz isso? Conhecer os hábitos ou as pequenas coisas que ele gosta e ninguém mais sabe me dá um sentimento de orgulho, de possessão. Como por exemplo, que ele gosta de dormir de bruços com os braços pra cima como se estivesse abraçando o travesseiro, ou que se começa a cantar algum funk significa que está de bom humor, que ele odeia lavar lavar a louça, odeia que se enxuguem com a toalha dele (a única que ele deixa sou eu *-*) e odeia cortar o cabelo, que ele tem trauma daqueles bichinhos de luz, que ele ama dormir tarde e que seus pontos fracos são o pescoço e as costas, e que ele não suporta que o façam cosquinhas. Já o vi chorar tanto como já o vi sorrir. Conheço cada um de seus medos assim como conheço cada um de seus sonhos. Ele é esperto suficiente para me deixar culpada em uma briga, mas é sensível o bastante pra vir se reconciliar. Ele é o ÚNICO que me deixa com ódio mortal dele, mas também é o ÚNICO que pode me fazer tocar o céu. Ele tira o pior e o melhor de mim, e apesar de agora estar com outra (por razões que ainda não cheguei a analizar e muito menos a compreender), sei que significo algo importante para ele, e isso não me deixa dúvidas, também sei que o dói que eu esteja sofrendo. Ele me transmite proteção, e as vezes parece frio, indiferente, mas por dentro é um ser muito sensível, tem um coração enorme. Não consegue esconder seus sentimentos, nunca aguenta muito tempo sem me fazer saber algo que o deixa bravo em mim, se o cheguei a ferir ou se o fiz o homem mas feliz.

Confissões.

Capítulo 6: Um Dia Bom, Um Dia Péssimo. Não sei se é normal, mais tem um ponto em que você já não entende a razão, só te valem as consequencias, o que você quer é acabar com isso que está te atormentando e pronto, passar pra outras coisas, ao menos assim posso explicar o que aconteceu naquela noite. Foi uma noite como essas de show em outra cidade, esses shows onde as duas horas nós passamos incrivelmente bem no palco, tudo eram sorrisos, olhadas intensas, acercamentos provocativos...E como é de se esperar terminamos com uma adrenalina impressionante e digamos que bastante alforado. "Não Mel, espera..." "Ai down, hahahaá, eu quase fecho a porta na sua mão, o que você quer? Eu tenho que me trocar, mas entra." Nem tempo deu de saber o que estava acontecendo, em dois segundos ele chegou perto de mim, segurou meu rosto e me beijou. Não foi como eu imaginei que seria, não foi um beijo terno. Foi melhor, foi perfeito, o que nós dois precisavamos. Apaixonado, desesperado, diferente...Diferente das 1000x que antes tinhamos nos beijado. Isso era só para ele e para mim, não havia telespectadores nem público presente como testemunha. Nos separamos só o tempo suficiente para tomar ar, nenhum de nós dois queriam fazer pausas grandes que pudessem apresentar arrependimentos ou sentimentos de culpa. Me assustei com o que estava sentindo por ele, as coisas passam por algo e acontecem justo quando tudo estava vindo à tona. De repente me vieram 1000 perguntas na cabeça. E a Priscila? E o grupo? Não poderia ser só questões de hormônios? Mais uma vez ninguém me avisou o que o coração iria sentir. Assim me assutei, e sei que ele também, os dois preferiram deter o que estava acontecendo nesse lugar, mas em vez de nos sentirmos incômodos foi tudo ao contrário, foi como se nossa relação tivesse passado para outro nível, agora sim já éramos algo mais que amigos. Já não tinha nada atrás. E as coisas seguiram seu rumo, havia um entendimento entre nós dois, era algo secreto (mais um). Me sentia sua cúmplice e isso me encantava. Apenas recordações. Tinha tanto que não pensar nessas coisas, mas continuo mal, continuo triste e agora mais que nunca quero continuar minha história com ele :S Mas aí nos colocaram distantes. Concordo que era necessário e obrigatório que as águas se acalmassem, eu estava na completa depressão, nem o consolo dos meus amigos me ajudava, precisava ficar sozinha e sobretudo queria ele bem perto de mim, o meu Playboyzinho de sempre :/ O mandaram à um lugar por uns dias e eu fui com o resto dos garotos para outro. Ajudou? Claro que não. Por mais que me fizesse de desinteressada, tentava escutar as conversas do Fábio com ele pelo telefone, ou ficava sondando para ver se Luíza estava lendo algum de seus e-mails. Precisava saber dele, foram só alguns dias e eu sentia que tinha sido uma eternidade. Morria para voltar ao Rio e vê-lo. De qualquer maneira estava sofrendo, sendo assim qual a razão de ter ele tão longe, melhor sofrer perto, não? Sim, a esse grau havia chegado minha situação. Totalmente mazoquismo. O típico 'me pega mais não me deixa ', que vergonha! No final já o tinha em minha frente, comendo no MC comigo e com todos os outros garotos e agora não queria vê-lo, não sabia como me comportar, queria saber o que pensava de mim, o que sentia por mim. Teria notado pelo menos minha presença? Se por acaso não a notou, Pedro o fez notar porque nesse momento ele armou uma grande discussão. Nosso querido chefe-pai-guiador nos explicou o que estava acontecendo com os fans durante os dias que nos deram de descanso. Como era de se esperar e tal o que adverti, se armou uma revolução por tirar os beijos dos shows. E me dá vergonha, mas tenho que confessar que uma parte de mim se sentia tão orgulhosa de suas traumadas com sua reação e que sentiam o que estava acontecendo comigo e com ele! *-* Daí Pedro nos sugere que voltemos com os beijos no show, afinal de contas era o público que queria. Lú e Fábio não tiveram problema, eles se ajustavam ao que nós dois decidissemos. Agora ficava o peso entre ele e eu. Eu não podia nem olhar nos seus olhos, não podia obrigá-lo a fazer algo que ele não queria fazer, então a decisão ia estar com ele, eu fiquei calada. "Não brinquem! Na real, é incrível o que está acontecendo. Mas tudo bem, não vou mais provocar problemas com meu atrevimento de querer fazer uma vida normal. Se Pedro acredita que é o melhor, beleza!!" Não gritou, disse o que tinha que dizer deu a volta e se foi, mas seu sarcasmo, sua braveza interna me fizeram sentir como se tivessem me golpeado de repente. Agora era um sacrificio me beijar?

Confissões.

Capítulo 5: Quando Tudo Começou. Sempre fui uma sonhadora, às vezes (ou a maioria dos meus sonhos) são loucuras, mas no fim, são muitas as minhas loucuras e sim, tem algo que pode fazer meus sonhos mais perfeitos: é imaginar todos estando numa praia. Não tem lugar mais mágico que esse, amo estar lá, relaxo, me conecto comigo mesma, penso, imagino, sonho... Bom ao menos tudo isso pensava em fazer. Mas não, tenho dias com a minha família em um lugar que eu mais gosto e não posso disfrutar e isso é o que mais me chateia, que a única razão para que não possa aproveitar se chama 'Rafael ', e o odeio mais por isso, por me tirar este prazer. Que injusto, pensei que me afastando estes dias iria me tranquilizar, que eu ia ver as coisas de outra perspectiva, não sei, talvez deixar de vê-lo como homem e só me concentrar em vê-lo como amigo. MAS QUEM EU ENGANO? Isso é impossivel! Não posso separá-lo em partes, o que eu amo é tudo isso: o homem, o amigo, o conjunto. De forma igual tambem não posso dividir o que sinto, sinceramente posso dizer que quero vê-lo feliz, mas não posso deixar de sentir o 'querer vê-lo feliz ' comigo. Muito menos não posso acreditar que o perdi, que estúpida eu fui, o que me fazia estar tranquila foi o fato de que quase não temos tempo livre. Em que hora ia conseguir uma namorada se quase não temos vida fora do grupo? É, ele me mostrou que, já que 'quase não temos vida fora do grupo ', ele arranja alguém por aqui mesmo! --' Eu conheci o Rafael quando ainda estávamos no colégio, confesso que no início o odiava com todas as minhas forças, o achava pretencioso, marrento, e sentia nojo e indignação em saber que a maioria das garotas de lá morriam por ele (como alguém era capaz de morrer por um tipo daquele???). Mas não nego que desde o primeiro momento tivemos uma conexão. Pouco tempo depois, quando eu e o Fábio fundamos o grupo, ele se inscreveu pros testes, como não era eu a jurada (e não tinha a mínima idéia que ele gostava dessas coisas) ele foi aprovado logo de cara, e no primeiro ensaio descobri que a pessoa que eu maais odiava seria meu companheiro de grupo, e pior, que eu tava começando a ter algum tipo de interesse por ele. Foi horrível, mas enquanto isso eu também tinha outros rolos amorosos por aí, assim eu me distraia do que eu sentia por ele e quase sem me dar conta me envolvi pra valer com outra pessoa: Fábio. Ele representava o oposto do Rafael, (apesar de que os dois sempre me trataram como uma princesa)! Fábio é como o lado pacífico, me dava tranqüilidade, estabilidade, me provocava ternura, com ele saía meu lado menina. Pois bem, comecei a namorar com o Fábio, e quase que ao mesmo tempo, eu e Rafa descobrimos o quanto éramos parecidos, e fmos ficando cada vez mais próximos, cada vez mais amigos, cada vez mais atraídos. E sempre existiu essa atração, mas oculta, não tinha outra saída a não ser me fazer de desentendida quando sentia essas mariposas no estômago, mariposas pelo amigo do meu namorado. Então surgiu a idéia de gravarmos um seriado, do tipo desses adolescentes com metade ficção/metade realidade. E quem seria meu par romântico? Ele! Seria bastante falsa se dissesse que não me emocionei quando fiquei sabendo que ele seria o Guilherme da minha Giovanna, vi isso como uma escapação, não podia ter na vida real mas (aaahh), iria disfrutar na ficção. Má namorada? Não sei, ou melhor, sim. São pensamentos de uma namorada má, mas vamos ver, diga ao coração e aos hormônios que deixem de sentir isso...Éé, não é tão fácil, e muito menos quando você sabe que ele não é indiferente a tudo que está ocorrendo. Antes disso nunca aconteceu nada entre nós dois, o romance existia e não vou dizer mentiras, tiveram tentativas de beijos, mas a lealdade e o medo de botar tudo a perder me ganhavam. Jurei que depois de darmos nosso primeiro beijo em ficção acabaria com a tentação e assim seguiria vivendo a vontade, mas que surpresa nós levamos caramba! Ninguém me avisou dos fogos que iriam saltar quando ele tocasse meus lábios, ou o quão agitado ia ficar o meu coração, ou a vontade de que todos desaparecessem no mesmo instante, todos os câmeras, diretor e até mesmo o Fábio dos bastidores. Que gosto de beijo, e não é só isso, que incrível era compartilhar a cena com ele, amava a magia, a tensão e a conexão que tinhamos, tudo fluía naturalmente, e essa confiança junto com as horas intensas de gravação e ensaios ajudaram para que se fortalecesse nossa amizade. Eu voltei a referir a relação do Fábio com o Rafa, queria os dois, mas é claro que deixava de lado tudo o que sentia pelo Rafa, e fazia com que eles estivessem estavéis, para o bem deles e de todo o resto do elenco. Somos atores profissionais, temos que aprender a deixar de lado o ciúme que poderiamos sentir pelo trabalho que realiza o outro (e não me refiro a quem consegue o melhor papel, ou quem canta mais estrofes em uma canção, ou quem faz o par central numa coreografia). Estou falando do ciúme que dá por ver seu namorado beijando e acariciando outra e essa outra ser sua amiga, por isso sabe que é ruim sentir isso, mas como evitar não sentir quando ao mesmo tempo morre de vontade de que o amigo do seu namorado (que a essa altura é seu MELHOR amigo também) te beije e te acaricie no lugar dele? Confuso, eu sei, mas assim acontecia, era um conflito asqueroso de sentimentos. Aqui eram todos com todos, não tinha outra saída. Depois de bastantes meses assim, chega a tranqüilidade, aii, como desfrutei essa etapa, já não existia mais namorinhos, as tensoes entre ex-namorados iam baixando e a amizade com outras pessoas iam se fortalecendo. Enfim, já não havia nada (bom, quase nada) que me impedisse de estar mais e mais perto dele. Que engraçado que agora eu queira estar a quilômetros de distância dele. E ele? Pensava em mim?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Confissões.

Capítulo 4: Indireta. Tivemos apresentação em um programa aonde aproveitei para desabafar um pouco e ainda dar bastante indiretas, que mais foram muito diretas. Tudo isso é culpa de como andava sensível nesses dias, ou talvez foi sentir nossas fans tão perto, o que me fez dar nele um golpe baixo, perguntando das traumadas. Sabia que com isso ele entenderia perfeitamente o que queria dizer: Somos o quê agora? O que vai acontecer com tudo? É óbvio que ele captou a mensagem. O primeiro que ele fez foi dizer ao Pedro que os caisais "falsos" formados pelo grupo tinham que acabar, as pessoas estavam levando as coisas muito sério e isso o afetava na sua vida pessoal. ÓÓDIOO, era essa sua resposta? Nos pôr contra os fans? Perfeito, fariamos o que ele quisesse. E o primeiro passo: não mais beijos nos shows! Mas antes algo tinha que ficar bem claro, isso não era minha culpa. Jamais vou esquecer o momento em que nos tranformamos em algo mais que amigos, a parte da amizade já tinhamos bastante dominada, era a tensão sexual a que estava saindo do nosso controle. Era algo do que não falavamos, já bastava nós mesmos acreditarmos no conto de que tinhamos um amor fraternal, mas nosso comportamento não demonstrava precisamente isso. Todos que estavam ao nosso redor estavam acostumados com nossas brincadeiras e romances, não tinha muita diferença entre a relação que tinhamos quando estavamos interpretando e quando éramos só Melissa e Rafael. E era frustrante, morria de vergonha de falar com ele, imagina se ele não me correspondesse? Eu sabia que sim, podia sentir, mas aí entram vários tipos de dúvidas e inseguranças em meios como esses. E apezar de serem algumas situações que se disfrutam, já estavamos em uma bastante incômoda.

Confissões.

Capítulo 3: A Noite Do Fábio. Eu estava zero descansada e sem ânimo nenhum de subir em um avião, a única coisa que me confortava era que iamos estar perto de muitos fans e isso me distrai e recarrega minhas pilhas de energia. Mas antes de viajar, tinha que enfrentar algo: ver o Rafael com a Priscila! Se fosse por mim jamais tinha entrado naquele teatro, só fui porque amo Fábio e precisava vê-lo em cena, era sua noite. Iam ser algumas horas, mas é claro que ia poder conseguir, só o que eu tinha que fazer era me sentar longe deles e concentrar-me no palco, parabenizar meu irmão e sair o mais rápido possível daquele lugar...Fácil. Mas como eu estava errada! Tudo estava indo de mal a pior, o teatro estava cheio de fans e de imprensa, tinha que usar meu melhor sorriso. Não deixei de procurá-lo com os olhos, tinha quase uma semana sem saber dele, isso era muito, principalmente quando estamos acostumados a conviver 24 horas por dia. Morria de vontade de ouvir sua voz, queria que me dissese que tudo havia sido um erro e que já não estava com ela. Pobre ilusão, durante a peça eu o vi de relance, tinha sua mão em cima da perna dela e isso foi o que me bastou para agarrar meu orgulho, foi um click, em um instante passei do querer ele para odiá-lo (pela milésima vez nesses dias). Em cima do palco não queria nem sentir ele perto, me queimava, tentou me abraçar e me mexi sem olhar pra ele, de todas as maneiras ele ficou perto de mim, me disse palavras baixinho que me deixaram arrepiada. "Senti saudades, Mel." Como se atrevia a me tocar ou falar comigo diante dela? Eu não podia me esqueçer que a traíra estava ali sentada entre o público, me sentia tão consciente de sua presença e isso só me fazia afastar mais ele. E também o que ele pretendia com isso? Pensou que por alguns dias que não o vi as coisas iam ser como antes? NADA SERIA COMO ANTES, assim como eu tinha que infrentar a situação, ele também ia ter que entender que perdia qualquer direito que teve sobre mim. Já não mais os romances, as brincadeirinhas, também não aos toquinhos, e eu não ia mais o consolar nem confortá-lo nas noites...ele já tinha outra que o fizesse. Então agora o que éramos? É possivel passar de amigos, à amigos com direitos, e logo voltar a ser amigos sem direitos??? Que situação tão incomoda, se sentia uma tensão impressionante no grupo. Ninguém sabia nem o que dizer, nem de qual lado ficar. Nas horas de vôo voltava a mudar o que eu sentia a respeito dele, já não o odiava como uma noite antes, mas me invadia uma tristeza imensa. Só de vê-lo, ouví-lo, me dava vontade de chorar, o tinha perto mas era como se estivesse longe, sentia falta dele, me sentia tão confusa. E ele não dizia nada, não sabia como se comportar comigo, ele é orgulhoso e muito covarde quando se trata de amor, e não ia ficar aguentando tantas mudanças, ficava distante, nervoso, prefiro achar que se sentia culpado.

Confissões.

Capítulo 2: Ensaio. Tudo estava saindo mal, durante todas as coreografias tive quase zero aproximação com o personagem dele e justo para o final quase tudo era nós, foram os piores dias de ensaio, já não sabia se era realidade ou ficção o que faziamos durante as danças. E justamente pra essa apresentação ensaiavamos uma música em que tinhamos que dar um beijo extrememente intenso. Depois que ele me deu a noticia sobre a Priscila tentei não ter contato com ele, o evitava e ele muito menos fazia muita coisa para ficar perto de mim, sabia que algo estava para explodir (sim, burro ele não é). Mas apesar de qualquer problema que podiamos ter entre a gente, na hora de dançar é pura e simples magia, sempre foi assim, a coreografia deixa de ser coreografia, perde seu ambiente e tudo o que nos rodeia, só estamos eu e ele, é quimica, é conexão, isso não se pode explicar, só se sente e pronto. E como o senti caramba, foi demasiadamente forte para mim tentar fazer tudo aquilo em ficção quando por dentro estava me desfazendo. Na última parte, na hora do beijo, saí correndo (denovo!), já não suportava o ter perto, me doía, queria bater nele por me fazer sofrer assim e ao mesmo tempo morria para não me separar da sua boca. "Mel, espera por favor, você não fala comigo há dias, se não fosse pelos ensaios não saberia nada de você. Que foi hein?" É verdade que os homens são meio brutos, será que realmente não sabe que estou morrendo por ele? Que literamente me mata que saia com ela? Já não queria continuar falando com ele, só piorariam as coisas, mas bastou que ele dissesse o meu nome para que as lágrimas saíssem de mim como uma cachoeira d'água! "Sério cara, me deixa, você sabe perfeitamente o que tá acontecendo, sabe perfeitamente o que sinto por você, e não quero te fazer se sentir culpado, acredite: eu quero que você seja feliz, então é melhor deixar as coisas assim." E eu dizia para mim mesma: não vou olhar pra ele, não vou olhar pra ele, não Melissa, não veja essa carinha de preocupação. Continue guardando sua roupa, se concentra no ziper da mochila. Não sinta a mão dele em seu ombro, não sinta como ele mexe no seu cabelo que ficou dentro da blusa. Maldito seja, não tira sua mão daí por favor... "Você está chorando? Não suporto que chore, por favor não fique brava comigo, quero compartilhar esta etapa contigo, você sabe que sempre vai ter um lugar especial no meu coração, e agora preciso e quero viver isso, me entende?" Uuuui papáá, até aí tinha conseguido manter minha dignidade (poderia dizer que) intacta. Mas de repente e do nada me nasceu um outro eu, imaturo que nada mais faz do que um escândalo, perde mais o controle das coisas e termina estragando todo o assunto. "Ah agora você esta insinuando que eu sou burra? Claro que eu te entendo! Mas parece que você se esqueceu de tudo o que nos rodeia." Eu não tinha razões válidas e bastantes convincentes sobre o mal que fazia ele ter uma namorada que não fosse (obviamente) eu, na verdade eu tinha, mas não ia me render taanto assim pra ele, aaah não ia! "Mel escuta, por Deus o que esta dizendo!? Tenho todo o direito de andar com quem eu quero. Você sozinha vai ter que decidir se quer ser parte disso que estou tentando compartilhar contigo." E assim se foi, e me deixou alí. Aah, mas claro que antes comecei a gritar que o odiava, é horrivel não ser a que dá a ultima palavra numa discussão.Será que ele realmente não enxerga o quanto me faz mal que ele tenha uma namorada? Ainda mais ela sendo quase a minha irmã?

domingo, 19 de abril de 2009

Confissões.

Capítulo 1: A Notícia. Sempre pensei, ou melhor nunca acreditei que eu o fosse perder, acredito que essa segurança veio no dia em que o conheci, mas isso nunca impediu que nossa amizade, carinho etc... seguissem crescendo. Já sei que minhas palavras parecem não ter sentido mas afinal de contas são só o reflexo dos meus pensamentos, e como me sinto, vazia, revoltada, sem rumo. Como fazer quando uma parte de você sabe e sente que tem mais coisas para as quais seguir em frente, enquanto outra parte, o único que precisa é se trancar em um quarto e chorar, chorar...?? Acredito que apenas estou começando a me recuperar do estado de choque. Quando ele me deu a notícia pensei que era mais uma de suas tantas brincadeirinhas, dessas que ele faz quando está entediado. "Mel, tenho que te falar uma coisa..." Só agora acabo de lembrar como ele estava bonito neste dia, sempre gostei quando ele se veste de preto, ele fica muito mais sexy e não quero dizer que nos outros dias não era atrativo (porque isso é impossível), mas levo tantas e tantas horas seguidas pensando e chorando por ele que tem um ponto em que, os detalhes se borram, mas só os mínimos (como sua barba não feita e como seus olhos que nesse dia estava num tom mel combinando com essa camisa entreaberta preta) são apenas alguns que estou lembrando. Por um milagre não levantei e sai correndo para seus braços ali mesmo. "Aiii Rafaa, sério, não vou acreditar em nada, você já escondeu minhas pulseiras umas 1000x e sempre caio na tua brincadeirinha, aí quando você cansa as põe de volta no lugar." Não posso acreditar na idiota que fui, se soubesse o que ele queria me dizer tinha saido disparada dali, em troca eu fiquei alí parada adimirando seus olhos e dizendo uma montão de besteiras que me fizeram ver como eu era chata quando ele fazia suas brincadeirinhas típicas de esconder minhas coisas, quando é algo que agora sinto mais falta. "Não Mel, não estou brincando com nada, tem uma coisa que eu quero que você saiba por mim..." OUCH, só aí me dei conta de que não era brincadeira, mas o que poderia ser tão sério? Agora começo a lembrar de tudo com mais clareza, ele não é (tão) retardado de estar com aquela cara de preocupação se fosse uma boa noticia a que estava me dando, neah? "Ô garoto, você está me assustando, o que aconteceu?" Em todo este pequeno momento não deixava de me mexer, continuava colocando minhas pulseiras, mas sempre voltava a olhar para seus olhos, logo peguei uma xuxinha para prender o cabelo e voltei para seus olhos, sempre à esses malditos olhos charmosos. Mas quando vi que ele abaixou sua cabeça supus, bom, posso dizer que foi como uma sensação no estomago o que me advertiu sobre a tempestade que estava por vir. "Priscila e eu estamos namorando..." Foi como uma cena de filme com efeito sonoro como de eco: Priscila...priscila...cila, e a vista fica borrada e logo não sente nada, não vê nada nem ouve nada, é como um silêncio, tudo fica em câmera lenta e ao mesmo tempo sabe que tem que responder algo pois é claro que os olhos dele estão quase te transpassando esperando uma reação. Bom assim dramático como se lê, foi como senti. O que não se tem dúvida é que sou uma mestra no meio da atuação, assim com todo meu talento e com a capacidade impressionante que tenho para esconder meus sentimentos fiz o mais óbvio... "Sééério? Poxa que legal brother, bom... felicidades!" Que burra, mas era melhor do que começar a chorar, claro que vontade não faltava, ou então eu podia ter cortado o espaço que havia entre nós e lhe dado o melhor beijo de toda sua vida, e não é para me gabar mas algo que ele jamais resiste em mim são os beijos. "Mel, não brinca, não sabe como estou alividado de ver que você levou isso bem, pensei que você iria ter uma reação diferente..." WHAT??? Agora ele estava aliviado porque eu não fiz um escândalo? Essa resposta que ele me deu só merecia o que fiz... SAÍ CORRENDO DALI! Estaria mentindo se dissesse que não sabia nada da Priscila, ela era uma das minhas melhores amigas. Mais é claro que sabia que ela e ele tinham ficado, mais é claro que notava o climinha entre os dois, ou as visitas frequentes dele pra ela, mas jamais acreditei que ele estava levando a sério, afinal de contas não é a primeira amiguinha que ele arranjava, e jamais acreditei que ela faria isso comigo, somos quase irmãs, portanto não tinha porque me preocupar e muito menos reclamar. Assim como ele aguentava as minhas saídas com meus amigos eu também tinha que suportar as suas, era como um pacto secreto que tinhamos, já era o ritmo que estavamos acostumados. Afinal de contas sempre terminavamos juntos, agora já posso dizer que era por amor, não tenho a menor dúvida, mas tenho que adimitir que muitas vezes o que nos motivava a nos encontrar era a necessidade somada a atração que sempre sentimos um pelo outro. Que bonito presente de aniversário eu tive, o amor da minha vida me dá a noticia que estava se relacionando com uma das minhas melhores amigas! Bom, precisamente não me disse assim, mas é a mesma coisa: está com outra, beija outra, se emociona com outra... Feliz Aniversário, Melissa!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Não é um adeus!

Começando a bloggar num momento triste pra mim. Esse fim de semana um amigo muito especial vai pra Alemanha, 6 meses longe dele. Marcos (o de branco na foto), de todos que formam a família Celebrity, ele é o que eu conheço a mais tempo, o tenho uma história diferente, uma data marcante...eu vou sentir tanta saudade ='[ Não existe palavra que consiga definir tudo o que sinto por cada um. Pra mim 'celebrity' é mais que uma musica, mais que um nome, mais que um grupo de pessoas...CELEBRITY é família com um elo intranscedente, é ter história (e quaanta história) pra contar, é se encontrar em outras nove pessoas tão diferentes e tão iguais a você, é se acabar de rir, é ter a certeza que pode se acabar de chorar também, é lembrar um do outro sempre que escutar 'certa' música, e principalmente é amizade acima de tudo. E essa união que construímos aos poucos eu peço a Deus que não se destrua nunca. Porque família é pra sempre e é esse sentimento que eu tenho com cada um de vocês...com cada um é uma historia...mas todas as historias se juntam no nosso mundo, eu quero vocês comigo a vida inteira Eu amo vocês ♥, e não existe tempo ou distancia capaz de mudar isso!